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Há 12 trimestres que as receitas do Facebook superam as previsões

Pelo 12.º trimestre consecutivo registou-se um crescimento da facturação da empresa liderada por Mark Zuckerberg, à boleia das vendas de espaço publicitário. E apesar do escândalo do acesso indevido aos dados de 87 milhões de perfis da rede social, o número de utilizadores continua a aumentar.


Os gigantes tecnológicos dos EUA (Facebook, Amazon, Apple, Netflix e Google) foram responsáveis por uma subida do Nasdaq até 29% em 2017, até ao momento, e o retorno dos FAANG cifrou-se em mais de 50%, em termos médios. Na nossa opinião, não se trata de uma mera recorrência da bolha dot-com verificada no final da década de 1990. Ao contrário dessa experiência — durante a qual os analistas imaginaram novas formas de valorizar empresas que não passavam de ideias — as empresas que lideram actualmente o sector são reais e apresentam fluxos de caixa tangíveis. Estamos em crer que a inovação tecnológica é um tema estrutural que poderá acrescentar 1% -1,5% ao crescimento potencial do PIB mundial nos próximos 10-15 anos.
Reuters
25 de Abril de 2018 às 22:16
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A tecnológica liderada por Mark Zuckerberg reportou esta quarta-feira, 25 de Abril, após o fecho das bolsas do outro lado do Atlântico, os resultados do seu primeiro trimestre fiscal. E pelo 12.º trimestre consecutivo apresentou um volume de negócios que supera as estimativas.

 

As vendas da empresa sediada em Menlo Park (Califórnia) aumentaram 49% face ao período homólogo de 2017, para 11,97 mil milhões de dólares, quando a projecção média apontada pelos analistas inquiridos pela Bloomberg era de 11,4 mil milhões.

Os lucros da tecnológica também foram superiores às estimativas dos analistas. A empresa registou um aumento de 63% do seu resultado líquido, para 4,99 mil milhões de dólares (1,69 dólares por acção), quando as previsões apontavam para um lucro por acção de 1,35 dólares.

 

Por sua vez, a audiência de "Facebookianos" também agradou ao mercado, com a empresa a anunciar um aumento de 13% no número de utilizadores activos mensais entre Janeiro e Março, para 2,2 mil mihões.

Estes são os primeiros resultados apresentados pelo Facebook após o escândalo do acesso indevido aos dados dos utilizadores da rede social liderada por Mark Zuckerberg por parte da consultora política britânica Cambridge Analytica.

 

Os investidores têm estado muito atentos também ao ‘guidance’ apresentado pelas empresas e ao seu nível de custos, o que tem feito muitas cotadas começarem por reagir bem em bolsa às suas contas mas depois inverterem quando os números começam a ser digeridos com mais atenção.

 

No caso do Facebook, a empresa anunciou esta noite que vai aumentar as suas despesas operacionais este ano, e bastante. Mas isso não retirou, pelo menos por enquanto, o optimismo aos investidores.

 

Os seus custos operacionais subiram 39% face ao primeiro trimestre do ano passado, não longe das estimativas da empresa (guidance) – que aponta para um reforço entre 45% e 60% das suas despesas operacionais este ano.

As acções estão a reagir em alta no "after-hours", com uma subida de 5,52% para 168,50 dólares, depois de terem encerrado a sessão regular desta quarta-feira inalteradas face à véspera, nos 159,69 dólares.


(notícia actualizada às 22:32)

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