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Fundador do Megaupload pode ser extraditado para os Estados Unidos

Kim Dotcom, o fundador do portal Megaupload, pode ser extraditado para os Estados Unidos da América depois da decisão do tribunal da Nova Zelândia. Kim Dotcom irá enfrentar acusações criminais de direitos de autor.

Bloomberg
23 de Dezembro de 2015 às 14:09
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Um tribunal neozelandês ditou esta quarta-feira, 23 de Dezembro, que o polémico fundador do site Megaupload poderá ser extraditado para território norte-americano para enfrentar acusações de infracções aos direitos de autor, noticia a Associated Press.

 

O portal Megaupload, que foi encerrado em 2012 por ordem do FBI, permitia fazer "download" e "upload" de arquivos. Este era um dos sites mais populares da internet por ser possível descarregar todo o tipo de ficheiros, como música e filmes de modo gratuito. As autoridades norte-americanas acusam o portal de não respeitar os direitos de autor.

 

O fundador Kim Dotcom e três dos seus associados podem agora vir a ser extraditados para os Estados Unidos da América para enfrentar as acusações de violação de direitos de autor, extorsão, lavagem de dinheiro e fraude. Os advogados de Kim Dotcom já anunciaram que vão interpor um recurso contra esta decisão.

 

A decisão do juiz neozelandês Nevin Dawson chegou quase quatro anos após as autoridades norte-americanas terem encerrado o site Megaupload e terem solicitado a extradição do extravagante Kim Dotcom.

 

O multimilionário Kim Dotcom é um empresário da internet com nacionalidade alemã, tendo fundado o portal de partilha de ficheiros Megaupload em 2005. É considerado um dos grandes empreendedores online e fundou mesmo o partido político neozelandês "Internet Party". Actualmente enfrenta acusações em vários países, como na Alemanha, Hong Kong e Tailândia.

 

Os procuradores dizem que Kim Dotcom arrecadou mais de 175 milhões de dólares (mais de 160 milhões de euros) através do site.

 

A Associated Press diz que, caso os responsáveis do site sejam considerados culpados, podem passar décadas na cadeia, mas o apelo deve ainda demorar mais um ano a decidir.

 

O juiz Nevin Dawson, que deliberou apenas se as autoridades norte-americanas podiam pedir a extradição e não sobre a culpa ou inocência dos responsáveis do site, decidiu com base na "preponderância das provas", cita a Associated Press. Ron Mansfield, advogado de Kim Dotcom, disse que a decisão "vai acabar, sem dúvida, no Supremo Tribunal".

 

Antes da decisão do tribunal, Kim Dotcom escreveu no Twitter a mensagem "Este é o meu Natal mais estranho de sempre".

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