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Julgamento do fundador do Megaupload pode levar anos

O processo judicial contra o fundador do site de downloads Megaupload, o alemão Kim Schmitz, pode levar anos, assegurou um especialista legal, recordando que este "é o primeiro caso de extradição por transgressão dos direitos de propriedade intelectual na Nova Zelândia".

24 de Janeiro de 2012 às 09:02
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Rick Shera, advogado da Lowndes Jordan, disse à “Radio New Zealand” que é "o primeiro caso de extradição por transgressão dos direitos de propriedade intelectual na Nova Zelândia", e, além disso, trata-se de um caso complexo "muito raro no resto do mundo".

Kim Schmitz, mais conhecido como Kim Dotcom, foi detido no fim da semana passada com mais três executivos do Megaupload, durante uma operação internacional coordenada pelo FBI.

O principal responsável do site MegaUpload na Internet, Kim Schmitz, e três outros executivos detidos por suspeita de pirataria informática começaram ontem a ser ouvidos num tribunal na Nova Zelândia.

Schmitz, mais conhecido por Kim Dotcom, e os alemães Finn Batato, chefe técnico do portal de armazenamento e descarga de arquivos, Mathias Ortman, cofundador, e o holandês Bram van del Kolk, estão no centro das atenções deste processo.

As autoridades americanas consideram que o Megaupload faz parte de "uma organização responsável por uma vasta rede de pirataria virtual a nível mundial" que provocou perdas de mais de 500 milhões de dólares ao transgredir os direitos de propriedade intelectual de várias empresas.
Este processo que ainda vai no inicio não foi denunciado somente pelos sinais exteriores de riqueza dos seus fundadores, empresas como a Adsense do Google suspeitavam das actividades da Megaupload. O AdSense suspendeu o pagamento para o MegaUpload por causa de “conteúdo com direitos de autor”, noticiou o “Gizmodo.

O FBI encerrou o site Megaupload na passada semana e parece que outros sites similares estão a agir antes das autoridades. "Todas as funções de partilha foram desactivadas no FileSonic.com", noticiou o site da Globo, recordando que este é um dos sites mais visitados do género. O serviço, similar ao Megaupload, só está a permitir fazer o download de arquivos pessoais.

O medo de represálias também está a afectar empresas de menor dimensão. De acordo com o blogue “TorrentFreak”, o UploadBox bloqueou o acesso para utilizadores americanos e os serviços VideoBB, VideoZer, FileJungle, UploadStation e FilePost também anunciaram que encerraram seus programas de recompensa para parceiros.

O 4Shared anunciou que irá descontinuar seu programa de recompensa a partir do dia 1 de Fevereiro e o Uploadbox comunicou que irá apagar todos os arquivos suspeitos de conter conteúdo ilegal no dia 30 deste mês. “Sintam-se livres para baixar seus arquivos até lá”, disse o comunicado da empresa, citado pela “Exame”.

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