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Estados Unidos pedem extradição do fundador do Megaupload

O governo dos Estados Unidos apresentou na Nova Zelândia um pedido formal de extradição do fundador do Megaupload. A audiência que irá determinar a decisão do pedido está marcada para dia 20 de Agosto.

Estados Unidos pedem extradição do fundador do Megaupload
05 de Março de 2012 às 16:18
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Os Estados Unidos apresentaram um pedido formal na Nova Zelândia de extradição de Kim Schmitz (conhecido como Kim Dotcom), fundador do site Megaupload, de acordo com a "BBC News".

Os promotores do Ministério Público dos Estados Unidos tinham 45 dias para fazer o pedido, após Kim Schmitz (na foto à porta do tribunal de Auckland acompanhado pela sua mulher) ter sido preso em Janeiro. O pedido de extradição dos Estados Unidos solicita também a extradição de outros três executivos detidos por suspeita de pirataria informática.

Estes três indivíduos terão sido acusados de facilitarem aos utilizadores o download ilegal de materiais protegidos por direitos de autor, através do site de partilha de ficheiros Megaupload. No entanto, os acusados negam "má conduta criminal".

Os documentos de extradição terão sido apresentados no Tribunal da Nova Zelândia na passada sexta-feira, segundo funcionários do mesmo, e está marcada uma audiência de extradição para o dia 20 de Agosto, de acordo com a "BBC News".

Os Estados Unidos acusaram os arguidos no caso do Megaupload de extorsão, violação de direitos de autor, lavagem de dinheiro e fraudes electrónicas, entre outras acusações.

As autoridades americanas consideram que o Megaupload faz parte de "uma organização responsável por uma vasta rede de pirataria virtual a nível mundial" que provocou perdas de mais de 500 milhões de dólares (cerca de 379 milhões de euros) ao transgredir os direitos de propriedade intelectual de várias empresas.

No entanto, Kim Dotcom descreveu a acusação como "sem sentido" e acrescentou ainda: "Eu não sou o rei da pirataria. Ofereci um espaço online para o armazenamento de conteúdos e facilitei o seu download aos utilizadores, apenas isso".

Dotcom, de nacionalidade alemã, foi libertado sob fiança há 12 dias, apesar dos protestos dos Estados Unidos de que isso representava um risco extremo de fuga, segundo a "BBC News".

No entanto, o juiz do caso determinou que o fundador do Megaupload utilizasse uma bracelete electrónica monitorizada e confiscou todos os seus activos, de forma a minimizar os riscos de fuga.

Enquanto se aguarda a audiência para se saber se Kim Dotcom será enviado para ser julgado nos Estados Unidos, o fundador da Megaupload foi impedido de utilizar Internet e foi condenado a permanecer dentro da sua propriedade alugada em Auckland, de acordo com a "BBC News".
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