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Facebook supera estimativas de lucros e receitas no segundo trimestre

A tecnológica liderada por Mark Zuckerberg reportou os resultados do seu segundo trimestre fiscal e agradou ao mercado ao apresentar números acima do esperado tanto na top line como na bottom line – que é como quem diz: receitas e lucros.

24 de Julho de 2019 às 22:24
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As vendas da empresa sediada em Menlo Park (Califórnia) no segundo trimestre aumentaram 28% face ao período homólogo de 2018, para 16,89 mil milhões de dólares, quando a projecção média apontada pelos analistas inquiridos pela Bloomberg era de 16,49 mil milhões.

 

Também os lucros da tecnológica foram superiores às previsões dos analistas. A empresa registou um lucro por ação de 1,99 dólares, quando o consenso de mercado estimava 1,88 dólares.

 

Incluindo os custos (itens extraordinários) que a empresa vai ter com um acordo judicial hoje alcançado e um encargo fiscal relacionado com esse valor, o lucro por ação cai para 91 cêntimos de dólar – menos 48% do que o valor de 1,74 dólares por ação um ano antes. O que atira para um resultado líquido de 2.616 milhões de dólares (uma queda de 49% face aos 5.106 milhões entre abril e junho do ano passado).

 

O custo do acordo judicial irá ser de cinco mil milhões de dólares, mas no trimestre anterior a tecnológica tinha já provisionado três mil milhões – pelo que no segundo trimestre ‘apenas’ pôs de lado dois mil milhões.

 

No que diz respeito à audiência de "Facebookianos", a empresa anunciou 1,59 mil milhões de utilizadores ativos diariamente entre abril e junho (um aumento de 8% face ao período homólogo do ano passado), ficando acima das expectativas de 1,57 mil milhões apontadas pelo mercado.

 

Também o número mensal de utilizadores ativos aumentou 8%, para 2,41 mil milhões de pessoas.

 

Contando com as suas restantes plataformas, um total de 2,7 mil milhões de pessoas usam pelo menos uma aplicação detida pela empresa – Facebook, Instagram, WhatsApp ou Messenger.


As acções reagiram em alta no "after-hours" da negociação da bolsa nova-iorquina, com uma subida de 3,5% para 211,76 dólares, e registando assim uma valorização de perto de 60% no acumulado deste ano.

 

A empresa a empresa liderada por Mark Zuckerberg esteve hoje em destaque devido a duas notícias. Uma delas foi o anúncio de que a Comissão Federal do Comércio dos EUA (FTC, na sigla em inglês) aplicou ao Facebook a multa mais avultada de que há registo5 mil milhões de dólares (4,4 mil milhões de euros). O valor da multa já tinha sido noticiado, mas só esta quarta-feira foi tornado oficial.

 

A outra questão prende-se com o facto de o Facebook ter confirmado hoje ao final do dia que está a ser investigado, no âmbito de uma notícia veiculada ontem: a de que o Departamento norte-americano da Justiça vai investigar as grandes tecnológicas do país para apurar se há práticas anticoncorrenciais.

 

E foi esta notícia que fez com que a subida das ações na negociação fora de horas em Wall Street perdesse algum gás face ao que registou logo após o anúncio dos resultados, com a cotada a somar agora apenas 1,5% para 207,73 dólares.

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