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Facebook soma 100 milhões às multas por violações na privacidade
Depois de ter sido multado em 5 mil milhões pela Comissão Federal do Comércio dos EUA, o Facebook recebe agora uma penalização extra de 100 milhões por parte do regulador dos mercados norte-americano.
O Facebook terá concordado com o regulador dos mercados dos Estados Unidos, a Securities and Exchange Comission (SEC), em pagar 100 milhões de dólares como sanção por falhas na gestão da privacidade.
O Facebook é acusado pela SEC de, ao não informar os acionistas acerca de falhas na privacidade dos utilizadores, estar a tornar opaco um risco do qual estes deveriam estar informados.
A notícia é avançada pelo Wall Street Journal, a mesma publicação que já tinha revelado recentemente outra multa à gigante de Mark Zuckerberg. A Comissão Federal do Comércio dos EUA (FTC, na sigla em inglês) lançou sobre o Facebook a multa mais avultada de que há registo no setor tecnológico: 5 mil milhões de dólares (4,4 mil milhões de euros).
O CEO do Facebook já estava preparado para receber uma penalização desta ordem da parte da FTC. Em abril, na apresentação dos resultados trimestrais, estimou que a multase se situasse entre os 3 mil milhões e os 5 mil milhões de dólares.
A investigação foi desencadeada pela informação revelada em março de 2018 segundo a qual a consultora britânica Cambridge Analytica utilizou uma aplicação para recolher dados de 87 milhões de utilizadores do Facebook sem o seu conhecimento e com fins políticos.
A empresa serviu-se de dados do Facebook para elaborar perfis psicológicos de votantes, que veio alegadamente a vender à campanha do agora Presidente dos EUA, Donald Trump, durante as eleições de 2016, entre outros clientes. Partilhar dados com terceiros sem notificar os utilizadores constitui, como determinou a FTC, uma violação do acordo sobre privacidade que a rede social estabeleceu em 2011 com esta agência governamental.
O cerco tem vindo a apertar em torno das tecnológicas. O Departamento da Justiça (DoJ) dos EUA anunciou semana que vai investigar as 'Big Tech' do país para apurar se estão em causa práticas anticoncorrenciais.