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Abertura dos mercados: BCE e Fed põem bolsas em alta e juros em queda

As bolsas europeias valorizam animadas pela perspetiva de redução dos juros na Zona Euro e nos Estados Unidos, bem como pelo regresso à mesa de negociações por parte de Washington e Pequim. Juros das dívidas também acentuam tendência de alívio com decisões daqueles bancos centrais. Conjuntura económica pressiona preço do crude.

Reuters
25 de Julho de 2019 às 09:27
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Os mercados em números

PSI-20 desce 0,25% para 5.189,84 pontos

Stoxx 600 cresce 0,38% para 393,20 pontos

Nikkei ganhou 0,22% para 21.756,55 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos recuam 0,9 pontos base para 0,397%

Euro desvaloriza 0,08% para 1,1131 dólares

Petróleo recua 0,38% para 63,42 dólares o barril em Londres

 

Bolsas sobem à espera de menos juros e menor tensão EUA-China

As principais bolsas europeias abriram a sessão desta quinta-feira, 25 de julho, a negociarem em terreno positivo, com o índice de referência europeu Stoxx600 a somar 0,38% para 393,20 pontos na quinta subida consecutiva e num dia em que está a ser sobretudo impulsionado pelo setor tecnológico do velho continente.

 

A contrariar a tendência dominante na Europa está o lisboeta PSI-20, que após alternar entre ganhos e perdas no arranque da sessão segue agora a recuar 0,25% para 5.189,84 pontos, com o setor do papel a penalizar, em particular a Navigator (-1,34% para 3,232 euros) e a Altri (-0,97% para 6,115 euros).

 

A alimentar o otimismo dos investidores europeus está a expectativa de que a reunião de hoje do Banco Central Europeu sirva para a instituição liderada por Mario Draghi preparar o caminho para um corte de juros já em setembro.

 

Por outro lado, é crescente a convicção nos mercados de que, na reunião da próxima semana, a Reserva Federal dos Estados Unidos decrete um corte da taxa de juro diretora da maior economia mundial, o que a acontecer será a primeira descida dos juros em 10 anos.

 

Também a apoiar os ganhos registados na Europa e também nas bolsas asiáticas está a notícia de ontem que dava conta de que os EUA vão enviar para a China representantes negociais com o objetivo de retomar conversações que ponham fim ao impasse em que persiste o diálogo Washington-Pequim com vista a um acordo comercial entre os dois blocos económicos.

As atenções dos investidores estão também centradas nos resultados empresariais. Nos Estados Unidos, depois do fecho da sessão de ontem, o Facebook anunciou resultados favoráveis, ao contrário da Tesla e Ford, que reportaram números que dececionaram os analistas. Na Europa, antes da abertura da sessão cotadas de dimensão relevante como a Volkswagen, Danone, Telefónica, Unilever, Nokia e Total apresentaram os números do segundo trimestre. 


Euro cai pelo quinto dia seguido

A moeda única europeia está a perder valor nos mercados cambiais pela quinta sessão consecutiva, estando a depreciar 0,08% para 1,1131 dólares.

 

O euro continua a ser pressionado pela divulgação de dados negativos referentes ao comportamento da economia alemã, o motor da área do euro.


Juros das dívidas aliviam com "ajuda" do BCE

As taxas de juros associadas às obrigações soberanas dos países que integram a Zona Euro prosseguem a tendência de quedas numa fase em que a evolução da economia europeia, em especial da Alemanha, dá força a um cenário de reforço da política de estímulos económicos do Banco Central Europeu. É vista como provável uma descida da taxa de depósitos.

 

A "yield" correspondente aos títulos de dívida portuguesa com prazo a 10 anos recua 0,9 pontos base para 0,397%, enquanto a taxa de juro associada à dívida italiana com a mesma maturidade continua em mínimos de outubro de 2016 ao deslizar 2,1 pontos base para 1,468%.

 

As taxas de juro referentes à dívida espanhola e alemã a 10 anos recuam respetivamente 1,7 e 1,4 pontos base para 0,318% e -0,397%, enquanto os juros associados à dívida grega se mantêm em mínimos de sempre abaixo dos 2%, estando agora a aliviar 0,7 pontos base para 1,958%.

 

Petróleo regressa às perdas com perspetiva de menor procura

Depois da subida de ontem provocada pela quebra das reservas petrolíferas norte-americanas, o preço do petróleo recua esta manhã nos mercados internacionais.

 

O Brent do Mar do Norte, transacionado em Londres e utilizado como valor de referência para as importações nacionais, desvaloriza 0,38% para 63,42 dólares por barril e, em Nova Iorque, o West Texas Intermediate (WTI) cai 0,50% para 56,16 dólares.

 

A descida do valor da matéria-prima está a ser provocada pelos sinais de deterioração da conjunta económica nas maiores economias mundiais, o que reforça a possibilidade de menor atividade económica e, consequentemente, menor consumo e procura de crude.

 

Platina em máximos de quase dois meses

A platina está a valorizar 0,45% para 881,39 dólares por onça, o que significa que negoceia praticamente no valor mais alto em dois meses (desde 7 de maio).

 

Já o ouro está a ceder ligeiros 0,06% para 1.424,96 dólares. O metal precioso transaciona próxima da linha água com os investidores à espera de perceber se se confirmam as decisões projetadas para as reuniões do BCE e da FED.

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