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Empresas portuguesas devem ligar o "GPS estratégico" nos Estados Unidos

O Brasil e os Estados Unidos são grandes mercados tecnológicos e apesar das dificuldades para entrar existem muitas oportunidades para as empresas nacionais.

15 de Julho de 2015 às 13:44
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São dois dos grandes mercados mundiais, onde as empresas portuguesas podem investir e também vender bens e serviços. São, no entanto, muito diferentes: os Estados Unidos estão mais abertos ao exterior, enquanto o Brasil vive muito do mercado interno. Contudo, representam muitos consumidores e as empresas portuguesas não devem recear avançar para estes mercados, pois aqui há muitos dólares e reais.

As particularidades destes dois mercados, assim como o do Reino Unido, e as oportunidades de investimento foram debatidos no roadshow Portugal Global da AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal) que teve lugar esta quarta-feira, 15 de Julho, em Lisboa.

"Algumas empresas ficam um bocado afugentadas com a dimensão do mercado [norte-americano], mas as empresas portuguesas devem entrar sem medos", disse o director da delegação da AICEP em Nova Iorque, Rui Boavista Marques. "Há um enorme mercado a explorar, mas é uma questão de enfoque. Nos Estados Unidos é preciso ter o GPS estratégico ligado", destacou o responsável.

Conhecedor da realidade norte-americana, o responsável sublinhou que foi nos Estados Unidos que o marketing foi inventado", sendo por isso a "comunicação muito importante". E deu um exemplo a evitar: "Há casos em que as empresas portuguesas têm um belíssimo produto, mas não se apresentam muito bem". Por isso, "fazer um ‘pitch’ [apresentação do produto a investidores] bem feito é muito importante".

Já o Brasil é um mercado com bastantes particularidades. "É um mercado muito específico. É um mercado difícil e complexo", disse, por sua vez, o director da AICEP em São Paulo. Carlos Moura exemplificou com as diferenças fiscais que existem de Estado para Estado. "Chega a uma altura em que nós não entendemos, os advogados não entendem."

Mas apesar das dificuldades de entrada, existem muitas oportunidades. "Não menosprezem este mercado e não se amedrontem com estas dificuldades. Depois de superar as dificuldades, o mercado está lá."

Olhando para o Reino Unido, a cidade de Londres é o segundo local mais importante no mundo para as tecnológicas atraírem investimento, a seguir aos Estados Unidos.

"Mais de 40% das empresas de aplicações de telemóveis na Europa estão em Londres", apontou o director da AICEP na capital britânica, Miguel Fontoura.

"Este é um mercado efervescente, especialmente em áreas onde os Estados Unidos não são fortes", apontou.

Um exemplo do crescimento da importância de Londres, foi o facto de o financiamento a startups tecnológicas ter duplicado entre 2013 e 2014 para 1,4 mil milhões de libras.

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