As empresas portuguesas "arregaçaram as mangas" nos últimos anos e foram lá para fora à procura de novos mercados. Mas apesar deste crescimento continua a haver novas oportunidades em vários países, como no Brasil, Estados Unidos e Reino Unido. Portugal exporta 16% dos seus bens e serviços para estes mercados no valor total de 11 mil milhões de euros. São cerca de 14 mil empresas nacionais que vendem para estes três países.

Nos últimos anos, as companhias portuguesas "arregaçaram as mangas e perceberam que os seus produtos e serviços podem concorrer em todas as partes do mundo", disse o presidente da AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal) esta quarta-feira, 15 de Julho, no roadshow Portugal Global em Lisboa. "Passaram a focar-se no estabelecimento de uma estratégia de internacionalização das suas actividades, vendendo os seus produtos e serviços num crescente número de mercados".

Miguel Frasquilho apontou que existem oportunidades de investimento no Brasil, Reino Unido e Estados Unidos, nomeadamente no sector das TICE (Tecnologias de Informação, Comunicação e Electrónica), "sector transversal a qualquer economia que aspire a ser criativa, inovadora, competitiva e global".

O mercado de comércio online representa para as empresas portuguesas um mundo de oportunidades", sublinhou, apontando as estimativas de uma "taxa de crescimento de dois dígitos nos próximos anos".

"E aqui, quer o Brasil quer os EUA são dois destinos claramente a ter em conta pelas empresas portuguesas que actuam ao nível do comércio online". O Brasil é o oitavo maior mercado mundial de comércio electrónico, crescendo mais de 20% por ano, o dobro da média mundial. Nos Estados Unidos, este mercado ascende aos 400 mil milhões de dólares e é onde mais de 70% dos consumidores fazem compras pela internet.