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China proíbe adolescentes de jogarem mais de 3 horas. Ações das empresas de jogos caem
Os menores de 18 anos só poderão jogar online até três horas por semana, de acordo com novas regras da China. Ações das empresas de jogos já estão em queda.
Depois do anúncio de que a China vai proibir que crianças e adolescentes menores de 18 anos joguem videojogos online mais do que três horas por semana, os jovens jogadores chineses recorreram às redes sociais para mostrar indignação. Em bolsa, as gigantes dos videojogos no país estão a ser penalizadas. Só as ações listadas nos EUA da NetEase, uma das maiores empresas de jogos da China, caem 2%.
As medidas são um novo golpe para empresas de jogos como a Tencent e a Net Ease que já tinham visto as suas ações serem prejudicadas depois de uma série de regulamentações feitas este ano que vão desde leis de proteção de dados e regras anti-monopólio a regulamentos sobre concorrência desleal.
As regras recentes publicadas pela Administração Nacional de Publicações e Imprensa da China (NPPA, na sigla em inglês), o principal regulador de jogos online do país, têm como objetivo "salvaguardar a saúde física e mental das crianças".
Todas as empresas que fornecem serviços de jogos online a menores terão de limitar os serviços nos horários estabelecidos. Além disso, só os utilizadores que façam "login" com um registo e nome real é que poderão aceder aos jogos.
"Existem mais de 110 milhões de menores que jogam videojogos na China, e esperamos que os novos limites levem a um declínio no número de jogadores e uma redução na quantidade de tempo e dinheiro gasto no jogo", avança o analista Daniel Ahmad da Niko Partners, uma empresa especializada em jogos online, em declarações à CNBC.
Apesar disso, as quebras nas receitas das empresas de jogos não deverão ser significativas. Segundo a Tencent apenas uma "pequena parte da receita do jogo vem de jogadores mais jovens na China". No segundo trimestre, apenas 2,6% das receitas brutas de jogos na China foram de jogadores menores de 16 anos.