Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

CEiiA cria em Matosinhos rédea curta para drones

O Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto desenvolveu um Flight Termination System (FTS), já testado e aprovado, cujo objectivo é “garantir a contenção da aeronave na área de voo” para “diminuir o risco para pessoas e bens”.

05 de Abril de 2023 às 10:43
  • ...

O Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto (CEiiA), em parceria com a indústria nacional, está a executar um pacote de trabalho – "Services in Advanced Air Mobility" (SAAM) – que inclui o desenvolvimento de uma plataforma drone e a certificação de produtos e tecnologias associados ao contexto da operação em mobilidade aérea avançada em áreas semi-urbanas e urbanas, o que, afiança, "será diferenciador em relação às soluções atuais".

 

"Este novo veículo, desenvolvido com capacidade para responder a necessidades de logística e adaptável ao contexto e/ou emergência médica, está a ser desenvolvido de acordo com os requisitos de segurança europeus e vai estar equipado com um conjunto de sistemas de segurança", avança o CEiiA, esta quarta-feira, 5 de abril, em comunicado.

 

"Este desenvolvimento e a validação deste conjunto de tecnologias-chave, assentes na segurança de voo, viabiliza a criação e prestação de novos serviços", afirma Inês Folhadela Furtado, head of Advanced Air Mobility Business Unit.

 

Ora, no âmbito de uma parceria estratégica com a Connect Robotics, a unidade de Mobilidade Aérea Avançada do CEiiA desenvolveu um Flight Termination System (FTS) um sistema de segurança para ser integrado em drones, o qual, explica, "garante a contenção da aeronave na área de voo diminuindo assim o risco para pessoas e bens".

 

O CEiiA, que está sediado em Matosinhos, assegura que este FTS foi "supervisionado em funcionamento e em ambiente de operação pela Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC), que lhe emitiu um parecer positivo, uma vez que, todo o sistema e as metodologias de teste estão em conformidade com o MOC Light-UAS.2511-01 containment da European Union Aviation Safety Agency (EASA)", explica.

 

"A necessidade de desenvolver tecnologias para criar um ecossistema seguro, quer para realidades semi-urbanas quer urbanas, surge na sequência do conhecimento gerado e do trabalho em curso no setor da Mobilidade Aérea Avançada", afirma Inês Folhadela Furtado, acrescentando que o "próximo passo é evoluir esta versão preliminar que foi já testada e aprovada para um produto agnóstico e possível de integrar em qualquer tipo de drone".

 

Inês Folhadela Furtado é a responsável por esta nova unidade de negócio do CEiiA, cujo principal objectivo é fornecer aos utilizadores um acesso ‘on demand’ à mobilidade aérea em áreas semi-urbanos e urbanas.

 

"As mais recentes inovações na indústria aeronáutica deixam claros os avanços tecnológicos que induzem o aparecimento de novos serviços e modelos comerciais, bem como a necessidade de desenvolver aeronaves não-tripuladas com características próprias que possibilitem a resposta logística em contexto e/ou emergência médica", observa.

 

Nesse sentido, o CEiiA avançou para a criação de uma unidade de negócio de Mobilidade Aérea Avançada, "com o intuito de criar valor, agregar conhecimento e desenvolver mecanismos e produtos, pensados de raiz e certificáveis para esta área em expansão", contextualiza Inês Folhadela Furtado.

 

É neste quadro que surge o desenvolvimento do FTS para drones, através da Agenda Aero.Next, do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) português, que se propõe "reforçar o posicionamento de Portugal na cadeia de valor aeronáutica e consolidar o cluster que lhe está associado por via de produtos completos, complexos e de elevado valor acrescentado", com um financiamento global próximo dos 100 milhões de euros.

 

 

Ver comentários
Saber mais ceiia drone fts sistema de segurança mobilidade aérea avançada inês folhadela furtado
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio