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Caso de hacking na Yahoo coloca empresa na mira dos reguladores europeus
A Yahoo encontra-se de momento em conversações com entidades europeias. Os mercados respondem com desvalorizações para além dos 3,5%.
A empresa tecnológica, juntamente com a directora executiva, Marissa Mayer, estão a ser questionadas por entidades reguladoras na Europa. Em causa está o roubo de informações de mais de mil milhão de utilizadores, reportado na passada noite de quarta-feira.
Nos mercados, a Yahoo encontra-se em queda na bolsa de Nova Iorque. As acções da empresa tecnológica encontram-se actualmente a cair 3,57% para os 39,45 dólares.
De acordo com o Financial Times, os reguladores do Reino Unido e da Irlanda, países onde se situam as instalações da Yahoo na Europa, pedem à empresa mais detalhes sobre a forma como os utilizadores foram afectados, naquela que é considerada a maior violação de dados pessoais de sempre.
No passado mês de Setembro, a mesma empresa esteve envolvida numa situação semelhante, que afectou 500 milhões de utilizadores. O caso remonta a 2014.
Simon Entwisle, recentemente nomeado como comissário adjunto da Informação do Reino Unido, afirma estar em conversações com a Yahoo e garante que o caso chegará a entidades superiores internacionais para garantir que a protecção de dados dos utilizadores britânicos é garantida.
"Estamos a examinar com urgência os factos que nos foram disponibilizados de forma a verificar as questões de investigação mais profundas que precisamos de colocar e os passos que temos de dar no sentido de concluir se as leis europeias de protecção de dados foram quebradas", afirma Helen Dixon, comissária para a Protecção de Dados na Irlanda.
Para os analistas, a situação vem pôr em causa o negócio de venda do serviço de Internet da Yahoo à Verizon. Jonathan Care, da empresa de investigação Gartner, afirma que o caso afecta "claramente" as negociações entre as duas empresas. "É óbvio que a Verizon já começa a ter as suas dúvidas, e o mercado está a reagir de forma apropriada", acrescenta.