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Bruxelas acusa Facebook de ter dado "informações enganosas" sobre compra do WhatsApp

Bruxelas acusou o Facebook de ter dado informações “incorrectas ou enganosas” no âmbito da compra do WhatsApp. A confirmar-se, Bruxelas pode impor uma multa de até 1% do volume de negócios da empresa de Zuckerberg.

16 - Mark Zuckerberg. Accionista e CEO do Facebook. Fortuna: 33,4 mil milhões de dólares.
Negócios 20 de Dezembro de 2016 às 17:21
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A Comissão Europeia continua a acompanhar de perto os negócios das gigantes tecnológicas e a mais recente conclusão das suas investigações está relacionada com a compra do WhatsApp pelo Facebook.

Segundo um comunicado emitido por Bruxelas, a empresa de Mark Zuckerberg terá dado "informações incorrectas e enganosas" sobre a aquisição do serviço de mensagens instantâneas.

"A Comissão estima, a título preliminar, que o Facebook lhe forneceu informações incorrectas ou enganosas durante o inquérito em torno da compra da WhatsApp [aberto em 2014", segundo um comunicado emitido pelo gabinete da comissária da Concorrência Margrethe Vestarger.

No mesmo documento, Bruxelas explica que o Facebook tem até 31 de Janeiro de 2017 para explicar a situação mas, caso as suspeitas da Comissão Europeia se confirmem, poderá ser alvo de uma multa de até 1% do seu volume de negócios. Ou seja, tendo em conta a facturação da gigante norte-americana em 2015, que se situou 17,9 mil milhões de dólares (cerca de 17,1 mil milhões de euros), a multa poderia chegar aos 179 milhões de dólares (perto de 171 milhões de euros).

O caso remonta a Agosto de 2014, quando a rede social finalizou a compra do WhatsApp por 17,4 mil milhões de euros. Na altura, uma das preocupações demonstradas pro Bruxelas prendia-se com a possibilidade da rede social associar de forma automática os dados das contas dos utilizadores das duas plataformas. Uma hipótese que foi refutada na altura pelo Facebook mas que acabou por se concretizar este ano. Actualmente, depois do WhatsApp ter actualizado as condições gerais de utilização e da política de confidencialidade, é possível associar o número de telefone do serviço de mensagens ao perfil do Facebook.

Tendo em conta esta alteração, Bruxelas "acredita que a Facebook forneceu, de forma deliberada ou por negligência, informações incorrectas ou enganosas à Comissão Europeia, em violação das obrigações que lhe cabem no quadro do regulamento da União Europeia sobre fusões".

No entanto, apesar destas dúvidas e de ter pedido esclarecimentos sobre a situação, Bruxelas sublinha que a autorização dada para a compra do WhatsApp pelo Facebook continua válida. Até porque a autorização dada em 2014 abrangia muitos outros factores além da questão da partilha de informações dos utilizadores.

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