No Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL), em Braga, financiado pelos governos de Portugal e Espanha, uma investigação, liderada por Teresa Petersen, está a desenvolver “uma nova terapia para eliminar células tumorais”, explicou a cientista ao “Jornal de Notícias”.

O objectivo é conseguir remover um tumor maligno sem recurso à cirurgia ou à quimioterapia. A biofotónica é uma terapia localizada que actua com pulsos de luz, recorrendo a fibras ópticas, explica o “JN”.

A investigação poderá ter “aplicação numa gama variada de tumores, desde que localizados, da bexiga, do pulmão ou do cérebro, particularmente difícil de operar”, afirmou a investigadora, à mesma publicação. “O próximo passo será testar o estudo em animais”, acrescentou Petersen.

O INL conta com 200 investigadores, trabalhando no total 400 pessoas no centro de investigação que reúne 19 nacionalidades. A construção das instalações no antigo terreno da Bracalândia, cedido pela autarquia, custou 46,5 milhões de euros. O Programa de Cooperação Transfronteiriça Portugal/Espanha (POCTEP) cofinanciou perto de três quartos deste investimento. Em equipamento científico foram investidos 44 milhões de euros, segundo o “JN”.

Portugal e Espanha deverão, em 2013, transferir 5 milhões de euros, cada, para o INL. O montante fica abaixo do previsto: 30 milhões de euros de investimento anual.