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Além da Galp e Huawei, também Oracle pagou viagens a quadros do Estado

O jornal Observador avança que vários quadros do Estado português viajaram em 2014 para São Francisco a convite da tecnológica Oracle.

Reuters
29 de Agosto de 2017 às 09:26
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O jornal Observador avança que cinco altos funcionários do Estado português viajaram para São Francisco, EUA, em 2014, para participarem no Oracle Open World 2014. A entrada neste evento e outras despesas associadas à viagem terão ficado a cargo da tecnológica e de parceiros seus. Sendo que, destes cinco altos cargos do Estado, há três pessoas que continuam a exercer funções na esfera pública.

A publicação detalha que o Oracle Open World 2014 contou com cerca de meia centena de portugueses. Destes, "42 são gestores ou funcionários de empresas privadas, mas também esses cinco altos quadros do Estado, três directores ou funcionários de empresas do Sector Empresarial do Estado (TAP e CGD), dois de empresas participadas pelo Estado (OGMA e Galp), aos quais ainda se junta um professor da Universidade Nova de Lisboa", refere o Observador.

No passado fim-de-semana, o Expresso avançou que a multinacional Huawei pagou os custos das viagens de avião e da estada na China a seis funcionários dos ministérios da Saúde e das Finanças, em 2015. Porém, o jornal explica hoje na edição on-line que foram parceiros da empresa - e não esta directamente - a custearem a viagem.

No sábado, a Autoridade Tributária (AT) revelou que está a conduzir um inquérito sobre as circunstâncias que levaram destacados funcionários do Estado a aceitar uma viagem à China paga por uma associada da empresa Huawei, disse hoje à agência Lusa fonte do Governo.

Já esta segunda-feira, 28 de Agosto, pelo menos seis dirigentes do Ministério da Saúde colocaram os seus lugares à disposição, incluindo um que (ao que se sabe) nem sequer participou nas viagens: o presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS). De acordo com um comunicado do gabinete do ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes registou o gesto, mas prefere esperar pela investigação em curso antes de tomar uma decisão.

Ontem à noite, num comunicado enviado à Lusa, a Nos "confirma que, em Junho de 2015, colaboradores da empresa participaram numa viagem de trabalho a Zhang Zhou e Shenzehen, que teve como único objectivo partilhar com os participantes conhecimento e melhores práticas na área da saúde".

Na nota, a operadora de telecomunicações "confirma também a existência de um pagamento das viagens aéreas da referida visita a um total de 14 pessoas, sendo 5 desses colaboradores da empresa".

Segundo a companhia, "o enquadramento deste pagamento encontra-se ainda a ser apurado", já que as regras internas na operadora "não prevêem a possibilidade da empresa suportar, mesmo que parcialmente, custos de deslocações que não os dos seus próprios colaboradores".

"Perante isto e face às informações entretanto vindas a público, a Comissão Executiva das Nos prontamente decidiu apurar internamente o enquadramento e detalhe de um eventual envolvimento da empresa na referida viagem", acrescenta-se no comunicado hoje difundido.

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