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Ministra da Administração Interna abre inquérito a todas as viagens pagas por empresas privadas

Constança Urbano de Sousa quer um inquérito "alargado às viagens pagas por entidades privadas a funcionários de todos os serviços tutelados pelo Ministério da Administração Interna".

Bruno Simão/Negócios
29 de Agosto de 2017 às 19:00
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Constança Urbano de Sousa anunciou que determinou à Inspecção Geral da Administração Interna a abertura de um inquérito "com vista ao apuramento de todas as circunstâncias" relativas à participação de um funcionário da Secretaria-Geral da Administração Interna num evento que decorreu nos EUA e que foi financiado por uma empresa privada.

 

Numa nota enviada à comunicação social, a ministra não detalha o evento, mas este será o Oracle Open World 2014, que segundo noticiou ontem o jornal Observador, contou com a participação de cinco altos funcionários do Estado português, que viajaram para São Francisco com tudo pago pela tecnológica norte-americana.

 

Segundo o mesmo jornal, o funcionário em causa é Francisco Baptista, chefe de Equipa Multidisciplinar de Sistemas e Produção (EMSP) da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna.

 

Em declarações ao Observador, o Ministério da Administração Interna remeteu para o anterior executivo, pois "a situação em causa, a ter ocorrido, refere-se ao período do anterior executivo".

 

Agora, na nota à comunicação social, Urbano de Sousa anuncia a abertura de um inquérito, que vai mais longe do que esta viagem de um funcionário aos EUA a convite da Oracle.

 

"A Ministra da Administração Interna determinou igualmente que o Inquérito, que deverá estar concluído no prazo de 30 dias, seja alargado às viagens pagas por entidades privadas a funcionários de todos os serviços tutelados pelo Ministério da Administração Interna", refere a nota.

 

Ou seja, Urbano de Sousa quer que sejam averiguadas todas as viagens em que participaram funcionários do MAI e que foram pagas por entidades privadas.

 

Isto numa altura em que crescem os casos de viagens de funcionários públicos pagas por empresas privadas.

 

No sábado, a Autoridade Tributária (AT) revelou que está a conduzir um inquérito sobre as circunstâncias que levaram destacados funcionários do Estado a aceitar uma viagem à China paga por uma associada da empresa Huawei, disse hoje à agência Lusa fonte do Governo.

 

Já esta segunda-feira, 28 de Agosto, pelo menos seis dirigentes do Ministério da Saúde colocaram os seus lugares à disposição, incluindo um que (ao que se sabe) nem sequer participou nas viagens: o presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS). De acordo com um comunicado do gabinete do ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes registou o gesto, mas prefere esperar pela investigação em curso antes de tomar uma decisão.

 

Ontem à noite, num comunicado enviado à Lusa, a Nos "confirma que, em Junho de 2015, colaboradores da empresa participaram numa viagem de trabalho a Zhang Zhou e Shenzehen, que teve como único objectivo partilhar com os participantes conhecimento e melhores práticas na área da saúde".

 

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