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95% das empresas portuguesas e 63% das famílias utilizam Internet de banda larga

Dados compilados pelo INE confirmam a tendência para a crescente generalização do acesso à Internet, quer por parte das famílias, quer das empresas. A evolução é mais significativa no que diz respeito à utilização de Internet de banda larga móvel.

06 de Novembro de 2014 às 13:35
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Em 2014 a percentagem de agregados familiares, em Portugal, com acesso à Internet em casa através da utilização de banda larga é de 63%, sendo que o número de empresas com dez ou mais pessoas ao serviço com acesso a internet de banda larga é já de 95%.

 

Estes dados foram esta quinta-feira divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e dizem respeito a um inquérito, feito a famílias e empresas, sobre a utilização de tecnologias de informação.

 

O inquérito do INE mostra que, relativamente às empresas com dez ou mais funcionários, o acesso a Internet de banda larga móvel é, em 2014, de 66%, o que representa um aumento de 41 pontos percentuais face aos níveis de 2010. Em 2013 era de 54%. O INE sublinha que nos últimos cinco anos se "evidencia o crescimento da utilização da ligação em banda larga através de tecnologia móvel".

 

Apesar do aumento do recurso à banda larga móvel, verifica-se que o acesso a banda larga fixa é ainda o mais predominante (92%) em 2014, valor ligeiramente superior à média de 90% da União Europeia a 28. Já os 95% de empresas com acesso a banda larga representam um aumento de 10 pontos percentuais face ao início da década (2010).

 

Os dados do INE mostram ainda que a proporção do acesso a banda larga móvel aumenta tendo em conta a dimensão das empresas, sendo que em 2014 este acesso nas pequenas empresas é de 63%, de 81% para nas empresas médias (50 a 249 pessoas ao serviço) e de 95% nas grandes empresas.

 

O acesso à rede fixa também varia em função da dimensão da empresa, apesar de em todos os casos ser possível verificar patamares elevados de utilização. A ligação à banda larga através de tecnologia fixa é de 92% nas pequenas empresas, de 98% nas médias e de 100% nas grandes.

 

Outro dado prende-se com a crescente disponibilização de equipamentos portáteis com ligação móvel à Internet aos funcionários, que é de 66% em 2014, o que significa um aumento de 27 pontos percentuais face ao ano passado.

 

Acesso das famílias a Internet de banda larga mantém-se abaixo da média da UE

 

Contrariamente à tendência verificada nos níveis de utilização de Internet por parte das empresas, apesar de 63% dos agregados familiares em Portugal terem ligação à Internet através de banda larga em casa, destacando-se a implementação registada na região de Lisboa (72%) e nas famílias com crianças até aos 15 anos (87%), continua ainda a existir uma diferença, que subiu em 2013, face à média da União Europeia.

 

Tendo em conta os últimos dados a que o INE teve acesso, confirma-se um aumento da distância do acesso à banda larga pelas famílias portuguesas face à média dos 28 Estados-membros da UE. A diferença situava-se, entre 2009 e 2012, num intervalo entre 10 e 12 pontos percentuais, tendo subido em 2013 para os 14 pontos percentuais. A média na UE é de 76%.

 

Ainda assim, confirma-se que a generalidade das famílias que em 2014 têm acesso à internet em casa (65%) tem uma ligação de banda larga (63%). Se a região de Lisboa lidera ao nível das famílias com ligação à internet através de banda larga com 73%, o Alentejo surge na última posição com apenas 54%. Ainda com um acesso a banda larga superior à média nacional surge o Algarve (64%) e as regiões autónomas dos Açores (69%) e da Madeira (67%).

 

Tendo em conta os dados compilados pelo INE é ainda possível concluir que o número de pessoas, entre os 16 e os 74 anos, que nunca acederam à internet tem diminuído em Portugal e na UE, apesar de ainda se manter uma diferença penalizadora para os portugueses. Em 2013, 33% dos portugueses com uma idade compreendida no intervalo referido nunca tinha acedido à Internet, que compara com a média de 20% registada nos 28 Estados-membros da união.

 

Outra conclusão é a de que as encomendas através da Internet é uma prática ainda pouco generalizada nos hábitos dos portugueses, que apresentam uma adesão a este tipo de modalidade distante da média europeia.

 

Em 2013, apenas 25% dos portugueses com idade entre os 16 e os 74 anos recorreram à internet para efectuar encomendas nos últimos 12 meses, que compara com a média europeia de 47%. Os 22 pontos percentuais de diferença mantiveram-se em 2012 e 2013, sendo que a diferença em 2011 era de 24 pontos percentuais.

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