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Academia de Código: candidaturas para aprender a programar estão abertas

As candidaturas para a nona edição do curso de programação da Academia de Código já abriram. Para integrarem esta formação, os candidatos não têm de ter formação na área, mas devem falar inglês.

Miguel Baltazar
09 de Março de 2017 às 18:04
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A Academia de Código é uma start-up nacional que dá formação na área de programação a desempregados. As candidaturas para o seu nono "bootcamp" (neste caso um curso intensivo) estão abertas.

"O 9 Coding Bootcamp da Academia de Código começa dia 17 de Abril, em Lisboa, e tem 20 vagas abertas a pessoas – independentemente da sua idade ou formação académica prévia – que queiram aprender a programar num formato absolutamente imersivo e intensivo e, ao fim de três meses e meio, integrar o mercado de trabalho como Junior Software Developers", revela o comunicado enviado às redacções.

Porém, esta edição conta com uma diferença face às anteriores. As inscrições estão a abertas a pessoas que não residam em Lisboa. Os candidatos têm, contudo, de estar disponíveis para se mudarem para o município lisboeta. "Não é preciso ter experiência prévia na área mas o domínio da língua inglesa – que é a língua franca comum à aprendizagem de todas as linguagens de programação – é fundamental".


De acordo com o comunicado, na área da programação "o desemprego é virtualmente 0 e os ordenados médios de ‘entry level dos alumni’ da Academia de Código são de 940 euros/mês".


Combater o desemprego jovem

Há mais de dois anos, em 2014, a taxa de desemprego em Portugal estava em níveis elevados, uma das consequências mais visíveis da crise que tinha assolado o país. O desemprego entre os mais jovens estava ainda mais alto.

Perante esta equação, João Magalhães, Domingos Guimarães e Rui Ferrão acreditavam que podiam fazer algo para tentar atenuar a situação. Naquela altura, contou João Magalhães, CEO, pensámos: "dos 150 mil [desempregados jovens] de certeza que há muita gente com motivação, com vontade e com a apetência para aprender código".


"Começámos a pensar num projecto em que podíamos convidar uma pessoa a ter formação na área de programação e depois ajudá-la a entrar no mercado de trabalho",disse ao Negócios em Novembro passado. "O objectivo era tirar pessoas do desemprego e levá-las a trabalhar como programadores. Sabíamos que do lado das empresas havia uma falta enorme [destes profissionais]. Mas, do lado das pessoas, não sabíamos. Quando lançámos o primeiro curso tivemos 600 candidatos para 15 vagas. Percebemos que havia, do lado das pessoas, talento e vontade para mudar e ter uma carreira numa área diferente", acrescenta João Magalhães.


Na Academia de Código, os cursos são intensivos. Duram 14 semanas e cerca de metade do currículo está orientado para a linguagem de programação Java, o que corresponde a uma das grandes necessidades do mercado.

 

Apesar da formação passada não ser um critério de escolha, quem integra esta formação passa por uma selecção "exigente", dividida em quatro fases. João Magalhães explicou que a primeira parte inclui o preenchimento de um formulário, no qual os candidatos revelam o seu "background" e as motivações para encetarem este curso de programação.

"Depois, têm de fazer um curso online sobre o básico de computação, que é gratuito, e enviar-nos o certificado. A seguir têm de fazer um exercício desenvolvido por nós em que têm de programar coisas básicas que aprenderam no curso online. Damos materiais para estudarem antes de entrarem cá. No final [destas fases], passam um dia connosco num workshop em que de manhã têm uma palestra e, à tarde, têm de fazer exercícios com base no que aprenderam na palestra e, ao mesmo tempo, estão a ter entrevistas individuais", dizia na altura.

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