Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

"Sangue novo" no trabalho

Já tinha concluído uma licenciatura, uma pós-graduação e estava prestes a terminar um doutoramento, quando ingressou no Inov-Jovem, em 2006. Hoje, Susana Galvão é técnica especialista efectiva na Sidefarma.

"Sangue novo" no trabalho
16 de Outubro de 2009 às 10:00
  • ...
Já tinha concluído uma licenciatura, uma pós-graduação e estava prestes a terminar um doutoramento, quando ingressou no Inov-Jovem, em 2006. Hoje, Susana Galvão é técnica especialista efectiva na Sidefarma.

Susana Galvão é licenciada em Química e pós-graduada em Química Analítica Aplicada, pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e trabalha na Sidefarma há três anos. Durante seis anos trabalhou na área da investigação, fazendo também parte de um projecto integrado no seu doutoramento em Química, no Instituto Superior Técnico, que acabou em Dezembro de 2005. Poucos meses antes de terminar a bolsa de investigação, com a qual realizou o doutoramento, contactou o Centro de Emprego.

"Enviei um conjunto de autopropostas para diferentes empresas, entre as quais a Sidefarma, local onde exerço a minha actividade profissional, mostrando-me disponível para ingressar no programa de estágios do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP)", explica a técnica especialista, natural de Lisboa. Na verdade, foi no seu primeiro contacto com o IEFP que Susana Galvão teve conhecimento do Inov-Jovem.

"Falaram-me deste programa de estágios, quando fiz a minha inscrição. Estava com 29 anos e o programa de estágios do IEFP destina-se a jovens até aos 30 anos." Foi aí que lhe explicaram que o Inov-Jovem alargava a idade limite dos estagiários, até aos 35 anos. Depois, na própria empresa, também lhe alertaram para este programa. Estavam reunidas as condições para a vida de Susana Galvão arrancar fora das portas da Universidade.

"A proposta de estágio foi rápida da parte da empresa. A aprovação do mesmo pelo IEFP só se deu em Março de 2006, devido aos 'timings' de aprovação", diz Susana Galvão, actualmente com 33 anos. Na verdade, durante todo o processo, a técnica especialista lamenta, apenas, a demora do Centro de Emprego na aprovação do estágio, tal como Ruben Correia, outro estagiário contactado pelo Negócios.

Mas tal não impediu que o estágio corresse de vento em popa. "Os 12 meses de estágio correram francamente bem", diz Susana Galvão. A técnica começou por trabalhar no laboratório de controlo de qualidade da farmacêutica portuguesa Sidefarma, especializada na produção de pequenos e médios lotes, com uma produção anual de 4,5 milhões de unidades de produto, dos quais cerca de 65% é comercializado no mercado nacional e os restantes 35% dirigem-se a mercados internacionais, como Europa, Médio Oriente, Ásia e América Latina. Ainda hoje, desempenha as funções de técnica especialista no mesmo laboratório. "Como já tinha alguma experiência de trabalho laboratorial, ainda que num ambiente académico, uma vez que fiz investigação durante seis anos, a integração não foi difícil.

Houve um processo de aprendizagem contínuo, que continua a existir", comenta.
No final dos 12 meses de estágio, Susana Galvão recebeu a proposta para integrar os quadros da empresa. "O Inov-Jovem permitiu-me ingressar e ter uma oportunidade de explorar a minha formação académica num contexto empresarial", diz. Até então, Susana Galvão tinha-se dedicado exclusivamente à investigação e formação profissional. Hoje, está efectiva na empresa que lhe abriu a porta para o mercado de trabalho.

"Na minha perspectiva, há ainda um grande número de empresas que desconhecem estes programas e as vantagens que trazem", comenta. Para a licenciada e quase doutorada em Química, é importante que os jovens tentem estes meios para ingressar no mercado de trabalho. "Apesar da situação difícil que se atravessa, aconselho a não desistirem e a tentarem a candidatura ao programa de estágios do IEFP", diz. Além de permitir que os jovens tenham acesso ao primeiro contacto com o mundo do trabalho, também desenvolvem as competências adquiridas no ensino universitário. "E, ao mesmo tempo, [permite] a entrada de 'sangue novo' no mercado de trabalho com competência e qualificações académicas e a renovação dentro das próprias empresas", termina.

Ver comentários
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio