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Como aproveitar as oportunidades do Inov-Jovem

Ingressaram no mercado de trabalho através do programa Inov-Jovem e já não saíram das empresas que os acolheram. Ruben Correia é programador na empresa de engenharia informática Makewise e Susana Galvão é técnica especialista na farmacêutica Sidefarma. Conheça as suas histórias.

16 de Outubro de 2009 às 10:00
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Ingressaram no mercado de trabalho através do programa Inov-Jovem e já não saíram das empresas que os acolheram. Ruben Correia é programador na empresa de engenharia informática Makewise e Susana Galvão é técnica especialista na farmacêutica Sidefarma. Conheça as suas histórias.

Ruben Correia é engenheiro de computadores e telemática e entrou no programa Inov-Jovem pouco tempo depois de ter acabado o curso, em 2006. Hoje, continua a dar o seu contributo na empresa onde estagiou, a Makewise, nas Caldas da Rainha. Susana Galvão já tinha um percurso académico extenso: uma licenciatura em Química, uma pós-graduação em Química Analítica Aplicada e encontra-se a terminar um doutoramento em Química. Quando decidiu deixar o trabalho de investigação na Universidade, foi no Inov-Jovem que encontrou a entrada para o mercado de trabalho. Mas, afinal, que programa é este?

O Inov-Jovem - Jovens Quadros para a Inovação nas PME surgiu em Abril de 2005, para promover a inserção de jovens qualificados em empresas com dinâmicas de inovação e desenvolvimento organizacional. Inserido no Plano Tecnológico governamental, este programa apoia a realização de estágios profissionais em Pequenas e Médias Empresas (PME), com duração de 12 meses e destina-se a jovens com qualificação superior em áreas relevantes para a inovação e gestão das mesmas.

"Em 2008, face à adesão ao programa e aos bons resultados alcançados, foi determinado o lançamento de uma nova fase do Inov-Jovem, com o objectivo de beneficiar um maior número de jovens e empresas", explica o gabinete de comunicação do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), entidade que promove, gere e executa o programa. Um dos objectivos da medida passa por reforçar a organização e modernização das PME, fundamentais no tecido económico do país e na criação de emprego.

"Os estágios profissionais permitem, em simultâneo, a inserção [dos jovens] na vida activa e o desenvolvimento das suas competências sócio-profissionais." Mas não só. Com este programa, o Governo também pretende aumentar a intensidade tecnológica nos processos produtivos das PME e promover o ajustamento das competências dos jovens às necessidades das mesmas.
"São significativos os apoios financeiros concedidos, quer aos estagiários, quer às empresas e entidades envolvidas no programa", diz o IEFP.

Os estagiários beneficiam de uma bolsa mensal de estágio de 838,44 euros, seguro de acidentes de trabalho, subsídio de alimentação e subsídio de transporte ou de alojamento (dependendo da situação). Quanto às empresas, estas também têm benefícios: uma comparticipação, por parte do Estado, de 60% da bolsa de estágio e da totalidade dos restantes custos com o estagiário. Os orientadores de estágio, designados pela entidade beneficiária, também são compensados financeiramente e "poderá existir uma compensação financeira a entidades que apoiem a organização de estágios ao abrigo do Inov-Jovem".

Podem candidatar-se PME até 250 pessoas, inseridas em sectores de actividade específicos, como agricultura, produção animal, caça, indústrias extractivas e transformadoras, construção, comércio, transportes, turismo, pesca, entre outros. Todos os jovens até aos 35 anos, inclusive, que tenham qualificação superior e se encontrem em situação de desemprego, podem concorrer. Até à data de fecho deste artigo, já tinham beneficiado do programa mais de oito mil jovens portugueses.

"O programa tem-se assumido como uma ponte entre as necessidades das empresas e as competências produzidas pelo nosso sistema de educação e formação, proporcionando aos jovens licenciados um primeiro contacto com o mercado de trabalho", acrescenta o IEFP. As empresas e entidades promotoras efectuam, em conjunto, o recrutamento e selecção dos candidatos, mas o Centro de Emprego é responsável pela selecção dos que reúnam os requisitos de acesso e correspondam ao perfil profissional solicitado. "As entidades promotoras dos estágios profissionais podem propor ao Centro de Emprego candidatos a quem pretendam facultar estágio, procedendo o centro à avaliação das condições para poderem participar no programa Inov-Jovem e à sua selecção."

Potencial de empregabilidade

Criar melhores condições aos jovens para uma integração profissional com maior sucesso é o mote de partida do programa. O Inov-Jovem constitui uma entrada efectiva no mercado de trabalho num situação de estágio profissional, que em cerca de 75% dos casos se transforma em emprego real, de acordo com os dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional. É uma mais-valia, "porque representa um exercício profissional e técnico em contexto real de trabalho, factor que complementa e enriquece significativamente a formação académica e a preparação profissional".

Mais: permite o desenvolvimento de competências socioprofissionais e a sua articulação com as necessidades das organizações, ajustando a qualificação académica à realidade do mundo do trabalho. "E porque reforça, sempre, o potencial de empregabilidade de cada jovem profissional que durante 12 meses beneficiou do programa." Susana Galvão e Ruben Correia são dois dos jovens que ingressaram no mercado de trabalho através do Inov-Jovem. Hoje, trabalham nas empresas que os acolheram como estagiários.


TOME NOTA
Quanto tempo duram os estágios?

No INOV-JOVEM, os estágios duram 12 meses e os estagiários têm direito a um mês de férias.

Quem pode concorrer?
Todos os jovens desempregados até aos 35 anos, inclusive, com qualificação de nível superior e que estejam à procura do primeiro ou novo emprego. Os jovens devem ter formação em áreas especificas como Artes, Ciências Sociais e do Comportamento, Ciências Empresariais, Ciências físicas, Ciências da vida, Matemática e Estatística, Informática, Engenharia e técnicas afins, Indústrias Transformadoras, Arquitectura e Construção, Saúde, Serviços Pessoais, Protecção do Ambiente e outras, mediante uma proposta do IEFP e de despacho do Ministério do Trabalhador e da Solidariedade Social. Para beneficiar desta medida, contacte o Centro de Emprego do Instituto de Emprego e Formação Profissional mais próximo.

A que têm direito?

Os estagiários têm direito a uma bolsa de estágio mensal equivalente a duas vezes o Indexante dos Apoios Sociais (IAS) (838,44 euros), seguro de acidentes de trabalho, subsídio de alimentação de 11 meses (de montante igual ao atribuído aos funcionários da Administração Pública) subsídio de alojamento por 11 meses (quando a localidade do estágio ficar a mais de 50 quilómetros da residência, ou quando não existir transporte colectivo compatível com o horário do estágio) ou despesas de transporte, correspondentes ao custo das viagens realizadas em transporte colectivo ou a 12,5% do IAS. Se a empresa onde estiver a estagiar quiser pagar mais do que estes valores, pode fazê-lo, mas tem de assumir integralmente essas diferenças. .
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