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'Sites' da Impresa voltam em formato provisório após ataque informático

Num comunicado publicado na página provisória do Expresso, a direção do semanário garante que fará tudo o que tem para não deixar ficar mal os seus leitores.

04 de Janeiro de 2022 às 22:48
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Os 'sites' do Grupo Impresa voltaram hoje ao ativo com o mesmo endereço, mas em formato provisório, mais de dois dias depois de terem sido alvo de um ataque informático de um grupo de 'hackers'.

Num comunicado publicado na página provisória do Expresso, a direção do semanário garante que fará tudo o que tem para não deixar ficar mal os seus leitores.

"Fazemos isto porque hoje, como desde o dia em que nasceu, o Expresso nunca desistirá de lutar pelo Estado de Direito, pela Democracia, pela liberdade. Pela #liberdadeparainformar, o nosso lema nestes dias", adianta.

Dando as boas-vindas aos leitores, a direção do Expresso explica que os 'sites' temporários permitirão levar aos leitores as notícias que têm sido publicadas, nos últimos dias, nas redes sociais do jornal.

"Como sabem nós, Expresso e SIC, estamos a ser alvo de um ataque informático, o que tem dificultado seriamente a missão: informar os leitores e espetadores", lembra, indicando que está a "colaborar com as autoridades e a desenvolver as ações necessárias no sentido de resolver a situação tão rápido quanto possível".

Além de pedir desculpas aos assinantes, o Expresso agradeceu também o apoio de todos, incluindo os outros órgãos de comunicação social que se mostraram solidários com o sucedido.

A Media Capital repudiou hoje os ataques informáticos de que foram alvo os 'sites' da Impresa, uma ameaça "à imprensa livre" e um "atentado à sociedade", manifestando a sua solidariedade com a dona da SIC.

Em comunicado, o grupo Media Capital "repudia os ataques informáticos de que foram alvo os sites do jornal Expresso, da SIC e da Exame Informática".

Estes ataques "não são apenas uma ameaça concreta à imprensa livre", refere a dona da TVI, salientando que "representam um atentado à sociedade, que tem o direito de se informar por meio de órgãos de comunicação social independentes e plurais".

A Media Capital "condena estes ataques e manifesta solidariedade com o grupo Impresa".

Também a RTP e a Antena 1 repudiaram hoje o ataque informático aos 'sites' do grupo Impresa, considerando-o uma "ameaça ao jornalismo livre e à liberdade de informar".

"Desejamos que o trabalho jornalístico dos nossos colegas esteja totalmente disponível para os portugueses, o mais rapidamente possível", acrescentam, num comunicado conjunto publicado no Facebook.

No domingo, a Impresa confirmou que as páginas eletrónicas do Expresso e da SIC, bem como algumas das suas páginas nas redes sociais, estavam temporariamente indisponíveis, devido a um ataque informático e que estavam a ser desencadeadas "ações no sentido de resolver a situação".

Segundo a CNN Portugal, "os 'sites' do jornal português Expresso e da SIC e SIC Notícias foram atacados por um grupo de 'hackers', conhecido como o Lapsus Group, na madrugada deste domingo", sendo exigido "o pagamento de um resgate para a desbloquear o acesso". De acordo com a estação, "o 'site' da revista Blitz também foi afetado pelo ataque 'ransomware'".

"Os dados serão vazados caso o valor necessário não for pago. Estamos com acesso nos painéis de 'cloud' (AWS) entre outros tipos de dispositivos. O contacto para o resgate está abaixo", podia ler-se na mensagem disposta pelo grupo no endereço do semanário. Os valores exigidos pelo grupo não foram detalhados.

Entretanto, a Impresa anunciou que iria apresentar uma queixa-crime contra os autores. "O grupo Impresa tem trabalhado com as autoridades competentes, nomeadamente com a Polícia Judiciária e com o Centro Nacional de Cibersegurança, e apresentará uma queixa-crime", lê-se no comunicado enviado à agência Lusa no domingo.

A Impresa classificou o sucedido como um "atentado nunca visto à liberdade de imprensa em Portugal na era digital", e afirma que as páginas do Expresso e da SIC, "bem como algumas das suas redes sociais, foram esta manhã [domingo] alvo de um ataque informático".

"Os jornalistas dos dois meios da Impresa continuam a noticiar o que de mais relevante acontece no país e no mundo através das páginas que permanecem ativas do Expresso (#liberdadeparainformar) e da SIC, no Facebook, no Linkedin e no Instagram", assinalou ainda a empresa, no domingo.
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