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Shrek tem casa nova: Comcast compra DreamWorks por 3.350 milhões
O reino Tão-Tão Distante ficou mais perto: a Comcast e a DreamWorks deram as mãos num negócio que propõe pagar 41 dólares por título aos actuais accionistas da criadora de Shrek e Panda Kung-Fu.
À quarta tentativa parece ter sido de vez. A empresa norte-americana DreamWorks Animation, responsável pelo desenvolvimento de filmes de animação como Shrek, Panda Kung-Fu ou Madagascar, fechou um acordo de venda à Comcast, o maior operador de cabo nos Estados Unidos.
As administrações das duas companhias deram esta quinta-feira, 28 de Abril, o grito de "Acção!" à compra, por um valor que ronda os 3,8 milhões de dólares (cerca de 3.350 milhões de euros).
Segundo o entendimento, cada accionista da DreamWorks receberá 41 dólares por cada título da empresa, o que pressupõe um prémio de 24% em relação ao valor de fecho de quarta-feira em Nova Iorque (de 32,2 dólares).
Às 15:50, os papéis da empresa aceleravam 24,22% para os 40 dólares, a apenas um dólar do valor oferecido. Os títulos da Comcast apreciavam 0,87% para 61,83 dólares.
Com o negócio, que deverá estar concluído antes do final do ano, a DreamWorks integrará a Universal Filmed Entertainment Group (onde está incluída a Universal Pictures) e o actual CEO da DreamWorks, Jeffrey Katzenberg, tornar-se-á presidente do conselho de administração da DreamWorks New Media.
No espaço de mais de ano e meio, esta foi pelo menos a quarta vez que a empresa foi abordada por investidores ou se aproximava de potenciais compradores, depois de em Setembro de 2014 ter sido falada para uma possível venda à japonesa Softbank Corp, e dois meses depois ao fabricante de brinquedos Hasbro. Recentemente, surgiram notícias de contactos com investidores de origem chinesa, também infrutíferos.
A empresa, fundada entre outros por Steven Spielberg em 1994, separou-se há 12 anos da DreamWorks Studios, passando a cotar em separado da casa-mãe.
Segundo a Reuters, a empresa atravessa um processo de reestruturação - no início do ano passado despediu 500 trabalhadores - e procura focar-se no negócio de cedência de conteúdos a empresas de distribuição de média ou streaming como a Netflix ou a Go90, da Verizon. Até 2017, os seus conteúdos são distribuídos pela Twentieth Century Fox.
