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Presidente do Financial Times devolve aumento salarial de 570 mil euros
Após críticas dos jornalistas do Financial Times, o presidente executivo da empresa anunciou que o aumento salarial que lhe foi atribuído será reinvestido no próprio jornal.
O presidente executivo do Financial Times, John Ridding, decidiu devolver o aumento salarial que lhe tinha sido atribuído no valor de 500 mil libras (cerca de 570 mil euros), após algumas queixas dos jornalistas da publicação económica.
O responsável anunciou a sua decisão num email enviado aos trabalhadores da empresa, segundo a imprensa internacional.
Nessa missiva John Ridding aproveita para relembrar que o seu salário foi estabelecido pelos donos do FT: o grupo japonês Nikkei. Porém, "embora o desempenho da empresa tenha sido firme, reconheço que o valor do aumento [11%] do meu salário em 2017 possa parecer desigual e criar preocupações", destacou.
Nesse sentido, decidiu "reinvestir no FT o aumento concedido em 2017, que é de 510 mil libras antes de impostos", atirou.
John Ridding anunciou ainda que um dos primeiros investimentos, neste seguimento, será a criação de um fundo para a promoção de mulheres a cargos de topo, bem como para a redução salarial entre géneros.
Uma decisão que foi aplaudida pelos accionistas, que aproveitaram para comentar que estão muito satisfeitos com o crescimento que o jornal tem registado sob a gestão de John Ridding.
O grupo de media japonês Nikkei comprou o FT em 2016 à britânica Pearson por 1,3 mil milhões de dólares.