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Paulo Ferreira é o novo director de informação da RTP

O actual editor de Economia da estação pública vai substituir Nuno Santos à frente da direcção de informação.

Gestor desiste de entrar na administração da RTP por causa do salário
Negócios 28 de Novembro de 2012 às 18:28
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A RTP nomeou ainda Miguel Barroso para assumir o cargo de director-adjunto, ocupado até aqui por Vítor Gonçalves.

Paulo Ferreira, actual editor de Economia da RTP, foi escolhido para substituir Nuno Santos à frente da direcção de informação da estação. A notícia foi já confirmada pelo presidente do Conselho de Administração, Alberto da Ponte, e o nome de Paulo Ferreira será agora avaliado pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC).

Nuno Santos pediu a demissão do cargo no passado dia 21 de Novembro, após uma polémica relacionada com as imagens da manifestação do dia 14 desse mês em frente ao Parlamento.

A Polícia de Segurança Pública (PSP) terá pedido ao canal estatal a visualização das imagens dos incidentes resultantes da carga policial ocorrida na zona de São Bento, em frente à Assembleia da República.

"A meu pedido renunciei hoje [dia 21 de Novembro] ao cargo de director de informação da RTP, tendo apresentado a minha demissão ao Conselho de Administração. Esta decisão é irreversível", escreveu na altura Nuno Santos numa nota enviada às redacções.

Nuno Santos garantiu na mesma nota "que nenhuma imagem saiu das instalações da RTP". "Respondi de forma clara a todas as questões e apresentei um conjunto de factos complementares entendidos e aceites pelas partes que deram o assunto como encerrado", acrescentou.

No entanto, no mesmo dia, a administração da RTP pronunciou-se sobre o caso, dizendo que "responsáveis da Direcção de Informação facultaram a elementos estranhos à empresa (...) imagens dos incidentes" que ocorreram a 14 de Novembro.

"A confirmar-se (...) a ocorrência destes factos", isso significa que "poder-se-á verificar uma violação dos direitos, liberdades e garantias, com consequências nefastas para a credibilidade e idoneidade na produção informativa da RTP, pondo em causa a confiança do conselho de administração na lealdade e isenção dos responsáveis da Direcção de Informação".

Na edição de hoje, 28 de Novembro, o "Correio da Manhã" noticiou que o inquérito interno na RTP sobre a manifestação de dia 14 está terminado, e tem como principal conclusão que Nuno Santos esteve a par de todo o processo de visualização das imagens e elaboração das cópias dos DVD, invocando o jornal fontes próximas do inquérito. 

Já uma fonte próxima do antigo diretor de informação da RTP desmentiu à TSF a informação avançada pelo "Correio da Manhã". De acordo com a fonte da TSF, Nuno Santos não sabia de nada. Nem quando os polícias foram à RTP, onde estiveram, como entraram ou o que tinham ido fazer. Esta fonte revela ainda que foi Nuno Santos quem mandou travar o envio dos DVD com as imagens dos confrontos, na sequência da manifestação junto ao Parlamento.

O presidente da ERC confirmou esta tarde a abertura de uma investigação às imagens dos protestos visualizadas por uma unidade da PSP nas instalações da RTP. "Chegou a altura de os jornalistas defenderem o poder editorial", disse Carlos Magno.

Os grupos parlamentares do PSD e do CDS requereram hoje a presença na comissão parlamentar, com carácter de urgência, do presidente do Conselho de Administração da RTP, Alberto da Ponte, e do ex-director de Informação, Nuno Santos, na sequência de inquérito aberto pela empresa à alegada visualização de imagens da manifestação de dia 14.

(Notícia actualizada às 19h26)

 
 
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