Notícia
Liberdade de imprensa no mundo nunca esteve tão ameaçada
A liberdade de imprensa no mundo "nunca esteve tão ameaçada como agora", alertou hoje a Repórteres Sem Fronteiras (RSF), invocando ataques contra 'media', notícias falsas, repressão e triunfo de "homens fortes".
26 de Abril de 2017 às 08:42
De acordo com o relatório elaborado anualmente pela organização, a liberdade de imprensa conhece uma situação "difícil" ou "muito grave" em 72 de 180 países, incluindo China, Rússia e Índia, quase todas as nações do Médio Oriente ou da Ásia central e América central, e dois terços dos países de África.
A imprensa é livre apenas em meia centena de países em todo o mundo -- na América do Norte, Europa, Austrália e sul de África --, indicou o documento, que manifesta preocupação relativamente ao "risco de grande inflexão da situação da liberdade de imprensa, "especialmente em países democráticos importantes".
"A obsessão com a vigilância e o desrespeito pela confidencialidade das fontes contribuíram para a queda de vários países que ainda ontem eram considerados virtuosos", referiu a RSF.
Estados Unidos, Reino Unido ou Chile caíram duas posições na classificação, respetivamente, para o 43.º, 40.º e 33.º lugar. A Nova Zelândia sofreu um 'tombo' de oito posições, até ao 13.º posto.
"A chegada ao poder de Donald Trump nos Estados Unidos e a campanha do Brexit [saída do Reino Unido da UE] no Reino Unido ofereceram uma caixa-de-ressonância aos críticos dos 'media' e às notícias falsas", lamentou a RSF.
"Em qualquer parte onde o modelo do homem forte e autoritário triunfa, a liberdade de imprensa recua", sublinhou.
A organização citou também a Polónia (54.ª posição), que "estrangula financeiramente" a imprensa independente da oposição, a Hungria (71.ª) de Viktor Orban e a Tanzânia (83.ª) de John Magufuli.
A Turquia caiu quatro lugares no 'ranking' da liberdade de imprensa para o 155.º posto, depois de o Presidente Recep Tayyip Erdogan se ter inclinado "resolutamente para o lado dos regimes autoritários", pode tornar-se na "maior prisão do mundo para os profissionais dos meios de comunicação social", apontou a RSF.
Já a Rússia, de Vladmir Putin, permanece ancorada na parte inferior da tabela, no 148.º lugar.
Na Ásia, as Filipinas (127.ª posição) subiram 11 lugares graças à diminuição do número de jornalistas mortos em 2016, mas os insultos e as ameaças contra a imprensa proferidos pelo Presidente Rodrigo Duterte fazem temer o pior, disse a RSF.
O secretário-geral da RSF, Christophe Deloire, destacou ainda a "vertiginosa mudança nas democracias", atendendo a que seis em dez países registaram um agravamento.
Noruega, Suécia, Finlândia, Dinamarca e Holanda ocupam os primeiros cinco lugares do 'ranking' mundial da liberdade de imprensa.
A Coreia do Norte - o pior classificado -, Eritreia, Turquemenistão, Síria (na foto) e China figuram nos cinco últimos.
O índice da liberdade de imprensa é elaborado pela RSF com base numa série de indicadores que avaliam, entre outros, o pluralismo, a independência dos 'media', o quadro legislativo em que operam e a segurança dos jornalistas quando realizam o seu trabalho.
A imprensa é livre apenas em meia centena de países em todo o mundo -- na América do Norte, Europa, Austrália e sul de África --, indicou o documento, que manifesta preocupação relativamente ao "risco de grande inflexão da situação da liberdade de imprensa, "especialmente em países democráticos importantes".
Estados Unidos, Reino Unido ou Chile caíram duas posições na classificação, respetivamente, para o 43.º, 40.º e 33.º lugar. A Nova Zelândia sofreu um 'tombo' de oito posições, até ao 13.º posto.
"A chegada ao poder de Donald Trump nos Estados Unidos e a campanha do Brexit [saída do Reino Unido da UE] no Reino Unido ofereceram uma caixa-de-ressonância aos críticos dos 'media' e às notícias falsas", lamentou a RSF.
"Em qualquer parte onde o modelo do homem forte e autoritário triunfa, a liberdade de imprensa recua", sublinhou.
A organização citou também a Polónia (54.ª posição), que "estrangula financeiramente" a imprensa independente da oposição, a Hungria (71.ª) de Viktor Orban e a Tanzânia (83.ª) de John Magufuli.
A Turquia caiu quatro lugares no 'ranking' da liberdade de imprensa para o 155.º posto, depois de o Presidente Recep Tayyip Erdogan se ter inclinado "resolutamente para o lado dos regimes autoritários", pode tornar-se na "maior prisão do mundo para os profissionais dos meios de comunicação social", apontou a RSF.
Já a Rússia, de Vladmir Putin, permanece ancorada na parte inferior da tabela, no 148.º lugar.
Na Ásia, as Filipinas (127.ª posição) subiram 11 lugares graças à diminuição do número de jornalistas mortos em 2016, mas os insultos e as ameaças contra a imprensa proferidos pelo Presidente Rodrigo Duterte fazem temer o pior, disse a RSF.
O secretário-geral da RSF, Christophe Deloire, destacou ainda a "vertiginosa mudança nas democracias", atendendo a que seis em dez países registaram um agravamento.
Noruega, Suécia, Finlândia, Dinamarca e Holanda ocupam os primeiros cinco lugares do 'ranking' mundial da liberdade de imprensa.
A Coreia do Norte - o pior classificado -, Eritreia, Turquemenistão, Síria (na foto) e China figuram nos cinco últimos.
O índice da liberdade de imprensa é elaborado pela RSF com base numa série de indicadores que avaliam, entre outros, o pluralismo, a independência dos 'media', o quadro legislativo em que operam e a segurança dos jornalistas quando realizam o seu trabalho.