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Impresa agrava prejuízos para 1,2 milhões de euros até março

O investimento nas obras do novo edifício e nos novos estúdios justificam o aumento do prejuízo registado pela Impresa no primeiro trimestre deste ano. As receitas totais da dona da SIC cresceram 5,5% para 34 milhões.

Miguel Baltazar/Negócios
02 de Maio de 2019 às 16:55
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A dona da SIC fechou o primeiro trimestre deste ano com um resultado líquido negativo de 1,2 milhões de euros, um valor que compara com os prejuízos de 632 mil euros registados em igual período do ano anterior.

O agravamento dos resultados é justificado pela empresa pelo "aumento em 10,7% nas depreciações, para 1,8 milhões de euros, devido ao projeto de expansão do edifício Impresa e ao investimento em tecnologia nos novos estúdios". As obras ficaram concluídas em janeiro deste ano.

Pelo contrário, o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) melhorou 18,3% para 2,2 milhões de euros. A margem EBITDA seguiu a mesma tendência positiva tendo passado de 4,9% (em 2018) para 5,5% até março de 2019.

A dívida líquida da empresa liderada por Francisco Pedro Balsemão diminuiu 4,7%, situando-se no final deste trimestre em 176,9 milhões de euros.

As receitas consolidadas do grupo de media, que também detém o Expresso, seguiram uma trajetória ascendente tendo aumentado 4,8% para 40,7 milhões de euros durante o período em análise.

Francisco Pedro Balsemão, CEO da Impresa, destaca que a mudança das instalações da SIC e o investimento em tecnologia nos novos estúdios, que levaram a um resultado líquido negativo no trimestre, "eram absolutamente decisivas para o cumprimento dos objetivos estratégicos". "Foram essas mudanças e o consequente aumento da competitividade da nossa grelha que permitiram que a SIC voltasse a ser líder de audiências 12 anos e meio depois. Essa liderança contribuiu já para um crescimento de quase 5% nas receitas totais, incluindo as publicitárias, bem como para um aumento de 18,3% no EBITDA", sublinhou em comunicado.

Por segmentos, a televisão viu os proveitos aumentarem 5,5%, para 34 milhões, enquanto o "publishing" aumentou a faturação em 0,9% para 5,8 milhões de euros.

As receitas publicitárias cifraram-se em 40,7 milhões de euros, um aumento de 4,8%, enquanto os proveitos de circulação crescerem 27,4% para 2,4 milhões de euros.

Pelo contrário, as receitas de subscrição geradas pelos oito canais da SIC, distribuídos por cabo e satélite em Portugal e lá fora, caíram 8,7% para 8,8 milhões de euros.Uma quebra que é justificada pela empresa devido "essencialmente à negociação de contratos nacionais e essencialmente ao fim de contratos internacionais".

A Impresa refere ainda que devido às alterações realizadas na grelha da SIC generalista, que este ano voltou a ocupar o lugar de líder de audiências, o valor das chamadas telefónicas (IVR) cresceu 98,1%, atingindo 3,4 milhões de euros. Porém, como consequência deste aumento os custos operacionais cresceram 4,2%. Uma queda que foi compensada, contudo, pelo aumento total dos proveitos do grupo de media. 

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