Notícia
Lucro semestral da Impresa supera o de todo o ano passado
A Impresa obteve 3,5 milhões de euros de lucro no primeiro semestre, uma subida homóloga de 38%. Receitas e resultados operacionais também cresceram.
A Impresa encerrou a primeira metade do ano com lucros de 3,46 milhões de euros, uma subida homóloga de 37,9% e um valor que supera o lucro registado em todo o exercício de 2018, indicou esta quarta-feira a dona da SIC. O grupo liderado por Francisco Pedro Balsemão destaca ainda que estes são os maiores lucros nos últimos cinco anos.
As receitas da Impresa aumentaram 3,2%, somando 88,8 milhões de euros, com as receitas de publicidade a crescerem 1,2%, para 55,5 milhões de euros e os proveitos com a circulação a subirem 5%, atingindo os 4,8 milhões de euros.
Já as receitas com a subscrição de canais sofreram uma quebra de 9,8%, cifrando-se em 17,6 milhões de euros, o que a empresa justifica com a renovação de contratos nacionais e a negociação com operadores internacionais.
Os custos operacionais da Impresa, por seu turno, registaram um incremento de 1,9%, fixando-se em 77,2 milhões de euros.O resultado operacional bruto (EBITDA) aumentou 12,1% para os 11,6 milhões de euros.
A dívida remunerada líquida diminuiu 9,8%, ou 18,2 milhões de euros, face a junho de 2018, situando-se agora nos 167,5 milhões de euros.
Já em julho, a Impresa realizou uma emissão obrigacionista da SIC na qual angariou 51 milhões de euros.
Citado no comunicado, o CEO da Impresa classifica o semestre como "histórico". Francisco Pedro Balsemão refere que "a SIC mudou para Paço de Arcos, construímos novos estúdios de informação com tecnologia pioneira e a SIC regressou à liderança 12 anos e meio depois, tendo reforçado os seus resultados durante cinco meses consecutivos". "Foi também neste período que levámos a cabo, pela primeira vez na história dos media em Portugal, um empréstimo obrigacionista cujo emitente era um canal de televisão e que foi muito bem sucedido", acrescenta.
Televisão em alta
O segmento de televisão registou receitas de 75,3 milhões de euros, uma melhoria de 3,5% face ao primeiro semestre do ano passado. E o EBITDA desta área cresceu 10%, totalizando 12,46 milhões de euros.
Para o aumento das receitas da SIC foram decisivos os proveitos com IVR (as chamadas telefónicas de valor acrescentado), que mais do que duplicaram face aos primeiros seis meses do ano passado, ascendendo a 6,4 milhões de euros. As receitas de publicidade subiram 1,5%, para 49,3 milhões de euros.
Os custos operacionais da estação televisiva aumentaram 2,3%, somando 62,9 milhões de euros, apontando a empresa o aumento das receitas de IVR como principal fator para esta evolução.
Publishing sobe ligeiramente com digital a ganhar peso
O segmento de publishing registou um crescimento de 0,9% nas receitas, para os 12,1 milhões de euros, destacando-se a subida de 5%, para 4,8 milhões de euros, nas receitas de circulação. Os proveitos com publicidade aumentaram uns ligeiros 0,3%, fixando-se em 6,2 milhões de euros.
A Impresa sublinha o peso crescente do digital neste segmento, com as receitas de subscrição digital do Expresso a valerem um sexto das receitas de circulação e o crescimento de 9,3% nas receitas de publicidade digital. O digital, diz a Impresa, representa 26,3% do volume de negócios do publishing.
Os custos operacionais no segmento que agrupa as publicações da Impresa registaram um incremento de 3,8%, totalizando 12 milhões de euros, justificados pelo grupo com "custos com indemnizações".