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Facebook cria ferramenta para identificar notícias falsas
A nova funcionalidade da rede social permite aos utilizadores identificar publicações consideradas como falsas. Em causa estão acusações feitas ao Facebook por partilhar histórias falsas durante as eleições nos EUA.
A partir de agora, o Facebook disponibilizará uma escala tipo Likert junto de determinadas publicações, onde os utilizadores poderão avaliar numa escala de um a cinco até que ponto consideram que, por exemplo, o título usa linguagem enganadora. A ferramenta surge num contexto em que as críticas se multiplicam em torno do papel da rede social na difusão de notícias falsas.
O The Guardian avança com três utilizadores que identificaram esta nova funcionalidade junto de publicações da revista Rolling Stone, do Philadelphia Inquirer e do site Chortle.
Ainda não é certo qual será o uso das informações recolhidas pelo Facebook, mas a mesma fonte indica que o principal problema das notícias falsas reside nos textos inerentes às hiperligações.
De acordo com um estudo citado pela mesma fonte, 60% das partilhas nas redes sociais são feitas sem clicar nos links disponíveis nas publicações. Os resultados indicam que o título das publicações gera mais discussão do que o próprio conteúdo do artigo.
As acusações feitas ao Facebook e à Google começaram no rescaldo dos resultados das eleições presidenciais dos Estados Unidos. Mark Zuckerberg reagiu de imediato às declarações, salientando a importância do papel da sua rede social como "árbitro da verdade".
Ambas as empresas envolvidas no caso das notícias falsas anunciaram em meados do mês passado estar a trabalhar no sentido de colocar um ponto final das páginas em questão, nomeadamente com o impedimento do acesso dos distribuidores não-fidedignos à rede AdSense. No mesmo mês, o Facebook identificou problemas nos mecanismos que medem a eficácia da publicidade. Perante a situação, a rede social procedeu a uma investigação para identificar outros possíveis problemas.
Há duas semanas, um estudo da CanIRank.com concluiu que os resultados de pesquisa do Google apresentavam um viés político liberal.