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Facebook, Twitter, Microsoft e Google juntam-se contra o terrorismo

As quatro empresas estão a trabalhar no combate ao terrorismo. A iniciativa surge após a pressão de governos ocidentais, e nomeadamente da União Europeia, que acusavam as empresas de não trabalhar o suficiente para suprimir o discurso de ódio na Internet.

Kacper Pempel/Reuters
Negócios 06 de Dezembro de 2016 às 11:29
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Facebook, Twitter, Microsoft e Google encontram-se a trabalhar num serviço de partilha de informação, de forma a identificar conteúdo extremista. O sistema permite a recolha de uma certa "impressão digital", denominada "hash", inerente aos conteúdos, explica o Financial Times. Essa impressão digital, que funciona como uma marca de água do conteúdo, fará com que seja mais fácil identificá-lo e derrubá-lo. Tais marcas são armazenadas numa base partilhada pelas quatro entidades.

 

Entre o conteúdo que se pretende retirar, o The Guardian sublinha imagens e vídeos promotores de terrorismo. Assim que uma empresa recolhe e retira um determinado conteúdo, as outras podem eliminar o mesmo conteúdo das suas plataformas.

 

Num comunicado conjunto, as quatro empresas afirmam esperar que a colaboração leve a uma maior eficiência, à medida que estas vão reforçando as suas políticas para minimizar a pressão causada pelo lançamento de conteúdo terrorista online.

 

O sistema de recolha de conteúdo poderá vir a assemelhar-se ao mesmo que é utilizado para apreender imagens de abuso sexual infantil, o PhotoDNA Technology, refere a mesma fonte.

 

No início deste ano, Hany Farid, o cientista de computação que ajudou na criação do PhotoDNA Technology, propôs o desenvolvimento de um sistema para conter conteúdo extremista, de modo a que fosse eliminado ainda antes de aparecerem online.

 

Desde então que as empresas tecnológicas têm vindo a sofrer pressão de vários governos. Em Janeiro, oficiais da Casa Branca encontraram-se com representantes da Apple, do Facebook, do Twitter e da Microsoft para debater formas de atacar o terrorismo.

 

O comité de Administração Interna do parlamento britânico acusou estas companhias de "falhar conscientemente" em fazer frente ao fluxo de propaganda terrorista. A mesma entidade mostrou-se "alarmada" por apenas algumas centenas de funcionários monitorizam redes com milhares de milhões de contas, avança o Financial Times.

 

No passado domingo, a Comissão Europeia também acusou as mesmas empresas de não levarem a cabo uma acção concertada no sentido de eliminar o discurso de ódio e o conteúdo radical publicado por grupos terroristas.

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