Notícia
Cofina diz que Prisa reclama 10 milhões e pagamento por danos
A Cofina informou esta quinta-feira que foi notificada de um requerimento de arbitragem apresentado pela espanhola Prisa, que reclama 10 milhões de euros e ainda o pagamento por danos, na sequência da desistência da compra da Media Capital.
16 de Abril de 2020 às 19:44
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Cofina "informa ter sido notificada, ontem, dia 15 de abril de 2020, de um requerimento de arbitragem, apresentado pela Promotora de Informaciones, S.A. (Prisa) junto da Câmara do Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP)".
No âmbito do requerimento, refere a dona do Correio da Manhã, "a Prisa reclama, além do direito de que lhe seja entregue, pelo 'escrow agent' (Banco BPI, S.A.) o montante de 10 milhões de euros ali depositado a título de 'down payment' [espécie de caução], a condenação da Cofina no pagamento dos danos que vier a conseguir demonstrar, em caso de condenação daquela".
A Cofina "entende que os pedidos da Prisa carecem de qualquer fundamento e irá apresentar a sua resposta no âmbito do referido processo arbitral, reafirmando os argumentos explicitados no seu comunicado publicado no passado dia 20 de março de 2020", remata a empresa.
Em 11 de março, a Cofina anunciou a desistência da compra da Media Capital, após falhar o aumento de capital.
O aumento de capital da Cofina era no montante de 85 milhões de euros para financiar a compra da TVI, mas a dona do Correio da Manhã conseguiu pouco mais de 82 milhões de euros.
Na altura, em 11 de março, a Cofina argumentou que, face à "deterioração das condições de mercado" e "não tendo sido verificada a condição de subscrição integral do aumento de capital, a oferta ficou sem efeito".
Dois dias depois, em 13 de março, a Cofina considerou que não devia 10 milhões de euros à Prisa por ter desistido da compra da Media Capital.
Posteriormente, em 20 de março, a empresa liderada por Paulo Fernandes (na foto) tinha apontado como razões da resolução do contrato a "inesperada e muito significativa degradação da situação financeira e perspetivas da Vertix e da Media Capital, especialmente agravadas pelo presente contexto de emergência causado pela pandemia covid-19, e no comportamento da Prisa".
A Cofina referiu em comunicado, na altura, que "transmitiu igualmente à Prisa o entendimento de que, mesmo no caso de a declaração de resolução vir no futuro a ser entendida como ineficaz, a concretização da aquisição prevista no contrato sempre dependeria da determinação final do valor da compensação devida à Cofina por força das referidas violações contratuais, a qual, nos termos gerais, deveria ser abatida ao preço contratualmente previsto".
No anúncio preliminar de lançamento da oferta pública de aquisição (OPA), a Cofina fez depender o sucesso da operação de um conjunto de condições prévias, entre os quais o aumento de capital para financiar a compra.
No final de dezembro, a Cofina anunciou ter acordado com a Prisa a redução do preço da compra em 50 milhões de euros face aos 255 milhões de euros ('enterprise value') comunicados em 21 de setembro, na altura do anúncio da aquisição.
No âmbito do requerimento, refere a dona do Correio da Manhã, "a Prisa reclama, além do direito de que lhe seja entregue, pelo 'escrow agent' (Banco BPI, S.A.) o montante de 10 milhões de euros ali depositado a título de 'down payment' [espécie de caução], a condenação da Cofina no pagamento dos danos que vier a conseguir demonstrar, em caso de condenação daquela".
Em 11 de março, a Cofina anunciou a desistência da compra da Media Capital, após falhar o aumento de capital.
O aumento de capital da Cofina era no montante de 85 milhões de euros para financiar a compra da TVI, mas a dona do Correio da Manhã conseguiu pouco mais de 82 milhões de euros.
Na altura, em 11 de março, a Cofina argumentou que, face à "deterioração das condições de mercado" e "não tendo sido verificada a condição de subscrição integral do aumento de capital, a oferta ficou sem efeito".
Dois dias depois, em 13 de março, a Cofina considerou que não devia 10 milhões de euros à Prisa por ter desistido da compra da Media Capital.
Posteriormente, em 20 de março, a empresa liderada por Paulo Fernandes (na foto) tinha apontado como razões da resolução do contrato a "inesperada e muito significativa degradação da situação financeira e perspetivas da Vertix e da Media Capital, especialmente agravadas pelo presente contexto de emergência causado pela pandemia covid-19, e no comportamento da Prisa".
A Cofina referiu em comunicado, na altura, que "transmitiu igualmente à Prisa o entendimento de que, mesmo no caso de a declaração de resolução vir no futuro a ser entendida como ineficaz, a concretização da aquisição prevista no contrato sempre dependeria da determinação final do valor da compensação devida à Cofina por força das referidas violações contratuais, a qual, nos termos gerais, deveria ser abatida ao preço contratualmente previsto".
No anúncio preliminar de lançamento da oferta pública de aquisição (OPA), a Cofina fez depender o sucesso da operação de um conjunto de condições prévias, entre os quais o aumento de capital para financiar a compra.
No final de dezembro, a Cofina anunciou ter acordado com a Prisa a redução do preço da compra em 50 milhões de euros face aos 255 milhões de euros ('enterprise value') comunicados em 21 de setembro, na altura do anúncio da aquisição.