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Cofina aborta compra da TVI após não concluir aumento de capital
Em comunicado à CMVM, a Cofina informa que o número de ações subscritas não atinge o total de ações objeto da oferta pública, devido à "significativa deterioração das condições de mercado", pelo que a compra da Media Capital já não se concretiza.
A operação de aumento de capital que se destinava a financiar a oferta pública de aquisição (OPA) da empresa liderada por Paulo Fernandes sobre a Media Capital não vai realizar-se, informou a Cofina em comunicado à CMVM.
Esta terça-feira, 10 de março, terminava o período de exercício dos direitos de subscrição das novas ações e a decisão agora anunciada deve-se ao facto de o número de ações subscritas não ter atingido o total de ações objeto da oferta pública.
A Cofina informa, no documento, que "terminado o período da oferta pública de subscrição de 188.888.889 novas ações ordinárias, escriturais e nominativas, sem valor nominal, e estando em fase de finalização o apuramento dos respetivos resultados, é desde já possível concluir que o número de ações subscritas não atinge o total de ações objeto da oferta pública".
"Tendo especialmente em consideração a recente e significativa deterioração das condições de mercado, a Cofina entendeu não estarem reunidas condições para o lançamento de uma oferta particular para colocação das ações sobrantes, cuja possibilidade se encontrava prevista no prospeto da oferta pública de subscrição", refere.
Assim, e conforme já estava referido no prospeto, "não tendo sido verificada a condição de subscrição integral do aumento de capital, a oferta ficou sem efeito".
A dona do Negócios, Correio da Manhã, CMTV, Record e Sábado, entre outras publicações, adianta que o montante entregue pelos investidores no momento da emissão das respetivas ordens será colocado à respetiva disposição pelos intermediários financeiros junto dos quais tenham emitido as suas ordens.
"Em consequência de a oferta pública ficar sem efeito, o aumento de capital não será objeto de registo comercial, não se encontrando verificada a última condição suspensiva de que depende o fecho da operação de aquisição, pela Cofina à Promotora de Informaciones, de ações representativas de 100% do capital social e direitos de voto da Vertix, que por sua vez é titular de ações representativas de 94,69% do capital social e direitos de voto da Grupo Média Capital".
Por conseguinte, remata o comunicado, "não se encontram reunidas as condições de que depende a conclusão do negócio de compra e venda das ações da Vertix (e indiretamente da Média Capital) previsto no contrato".
Depois de, a 21 de fevereiro, a Entidade Reguladora para a Comunicação Social ter aprovado o controlo das publicações da Media Capital, onde se inclui a TVI e a Rádio Comercial, por parte da Cofina, a conclusão da compra estava já só sujeita ao registo do aumento de capital da empresa de Paulo Fernandes.
(notícia atualizada à 01:01 de 11 de março)