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Mário Ferreira e Prisa têm memorando de entendimento para a TVI

O patrão da Douro Azul avançou para a aquisição da estação da Queluz. Primeiro passo para uma eventual concretização do negócio já foi dado.

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24 de Abril de 2020 às 12:04
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O empresário Mário Ferreira já assinou com a Prisa um memorando de entendimento para negociar a compra da TVI, sabe o Negócios. As duas partes, contactadas, optaram por não prestar esclarecimentos. "Não tenho nada a comentar", declarou Mário Ferreira. Um registo idêntico foi obtido junto do departamento de comunicação da estação de Queluz: "a Prisa não tem comentários a fazer sobre o tema".

A informação de que o patrão da Douro Azul está a negociar a compra da TVI com o grupo espanhol Prisa foi avançada esta sexta-feira, 24 de abril, pelo Jornal Económico.

A 15 de abril, a Media Capital divulgou um comunicado onde deu conta da entrada de dois novos administradores, sendo um deles Manuel Alves Monteiro. O atual presidente da Assembleia Geral da Associação Portuguesa de Analistas é também vogal do conselho de administração da CIN e da Mystic Invest, cujo capital é maioritariamente detido pelo empresário Mário Ferreira.

 

Na ocasião, questionado pelo Negócios sobre uma relação entre a sua nomeação e um eventual interesse de Mário Ferreira na TVI, Manuel Alves Monteiro reagiu assim: "Teorias da conspiração… não dou para esse peditório".

 

O grupo Cofina, proprietário do Negócios, Correio da Manhã, CMTV, Sábado e Record, tinha um acordo com a Prisa para a compra da TVI, o qual acabou por abortar devido à não concretização da operação de aumento de capital que se destinava a financiar a oferta pública de aquisição (OPA) da Media Capital à Prisa. Nesta operação estava também envolvido Mário Ferreira.

 

Em comunicado enviado à CMVM a 11 de março, a Cofina informava: "terminado o período da oferta pública de subscrição de 188.888.889 novas ações ordinárias, escriturais e nominativas, sem valor nominal, e estando em fase de finalização o apuramento dos respetivos resultados, é desde já possível concluir que o número de ações subscritas não atinge o total de ações objeto da oferta pública".

 

"Tendo especialmente em consideração a recente e significativa deterioração das condições de mercado, a Cofina entendeu não estarem reunidas condições para o lançamento de uma oferta particular para colocação das ações sobrantes, cuja possibilidade se encontrava prevista no prospeto da oferta pública de subscrição". Assim, "não tendo sido verificada a condição de subscrição integral do aumento de capital, a oferta [sobre a Media Capital] ficou sem efeito", explicou então a Cofina.

 

 

 

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