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Prisa vai avançar com “todas as ações contra a Cofina” após fim do negócio da TVI
A espanhola Prisa anunciou esta quarta-feira que vai avançar “com todas as ações contra a Cofina” previstas no contrato de compra e venda da Media Capital.
A espanhola Prisa anunciou esta quarta-feira que vai avançar "com todas as ações contra a Cofina" previstas no contrato de compra e venda da Vertix, que detém quase 95% do capital da Media Capital, dona da TVI.
O anúncio surge depois de, ontem, a dona de publicações como o Jornal de Negócios, Correio da Manhã e Sábado ter revelado que já não avançará para a compra do grupo Media Capital, por não ter completado com sucesso o aumento de capital para financiar o negócio.
Esta quarta-feira, em comunicado, a empresa espanhola refere que a Cofina, "sem aviso prévio" à Prisa "renunciou voluntariamente a continuar com o aumento de capital aprovado pelos acionistas da Cofina a 29 de janeiro de 2020, o que implica uma violação do contrato de compra de ações de 20 de setembro e alterado em 23 de dezembro de 2019 referente à venda da participação de 100% da PRISA na Vertix SGPS, SA, proprietária de 94,69% da empresa listada em Portugal Grupo Media Capital SGPS".
A Prisa diz ainda que, de acordo com as declarações feitas pela Cofina no contrato de compra e venda e comunicadas ao mercado, a empresa dispunha dos meios para financiar a transação, "de um lado das instituições de crédito e do outro lado dos acionistas da Cofina no valor necessário para cobrir o aumento de capital".
Esta terça-feira, dia em que terminava o período de exercício dos direitos de subscrição das novas ações, a Cofina revelou que o número de ações subscritas não atingia o total de ações objeto da oferta pública, devido à "significativa deterioração das condições de mercado", pelo que a compra da Media Capital já não se concretizará.
"Tendo especialmente em consideração a recente e significativa deterioração das condições de mercado, a Cofina entendeu não estarem reunidas condições para o lançamento de uma oferta particular para colocação das ações sobrantes, cuja possibilidade se encontrava prevista no prospeto da oferta pública de subscrição", referiu a empresa de media em comunicado à CMVM.
Assim, e conforme já estava referido no prospeto, "não tendo sido verificada a condição de subscrição integral do aumento de capital, a oferta ficou sem efeito".
(Notícia em atualização)