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Cofina confirma negociações com a Prisa para comprar TVI
A Cofina está em "negociações com a Prisa, em regime de exclusividade", para comprar a dona da TVI, confirmou a empresa de media em comunicado.
A Cofina emitiu esta noite um comunicado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários onde confirma que "estão a decorrer negociações com a Prisa, em regime de exclusividade, relativas à potencial aquisição da participação da Prisa na Grupo Media Capital".
O comunicado da empresa liderada por Paulo Fernandes, que foi emitido em resposta a uma solicitação do regulador, confirma assim a notícia avançada esta tarde pelo Expresso que dava conta que a Cofina tinha assinado um memorando de entendimento com a Prisa para garantir negociações exclusivas para a compra da Media Capital, empresa que controla a TVI. O Negócios também confirmou a existência destas negociações exclusivas.
A Cofina é dona do Jornal de Negócios, Correio da Manhã, Record, CMTV, Sábado e outros meios. A Media Capital controla a TVI e a Rádio Comercial. A Prisa, que controla a Media Capital, não obteve luz verde da Autoridade da Concorrência para vender a empresa à Altice em 2017.
A Cofina obteve três milhões de euros de lucro no primeiro semestre deste ano, uma subida de 14,1% face a igual período de 2018. A Media Capital registou 5,9 milhões de euros de lucros no primeiro semestre, uma queda de 44% face aos 10,5 milhões registados um ano antes.
O jornal Expresso refere que o memorando foi assinado pelo CEO da Cofina, Paulo Fernandes, há três semanas e que nesta altura as negociações estão a ser levadas a sério.
Ações da Cofina subiram antes de serem suspensas
Minutos antes do fecho da sessão e cerca de duas horas depois da notícia do Expresso as ações da Cofina e da Media Capital foram suspensas, "aguardando a divulgação de informação relevante ao mercado". Com o comunicado já emitido, as ações devem retomar a negociação na sessão de quinta-feira.
Logo depois da notícia do Expresso, as ações da Cofina, que seguiam a valorizar abaixo de 1% após três sessões seguidas em queda, dispararam acima de 6% a partir das 14:39 – os títulos passaram dos 42,1 cêntimos para 44 cêntimos.
Esta subida expressiva deu rapidamente lugar a uma descida moderada em torno dos 1,5%. À medida que surgiram novas informações na imprensa, os títulos da cotada voltaram a disparar um máximo de 6,71% para os 44,5 cêntimos, cotação em que seguiam a negociar até à suspensão.
Até às 15:43, haviam sido negociados praticamente 130.200 ações na sessão bolsista desta quarta-feira, um valor bem acima da média diária nos últimos seis meses fixada em cerca de 54.600. Desde o início de 2019, os títulos da Cofina acumulam uma desvalorização de 19,68% em bolsa.