Esta segunda-feira, 20 de Março, o conselho da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) esteve reunido com o Presidente da República. Durante a audição, que durou cerca de uma hora, foram abordados vários temas sobre o sector, entre os quais a substituição do actual conselho regulador, cujo mandato terminou em Novembro do ano passado, contou Carlos Magno, presidente do regulador, contactado pelo Negócios.

"Quero evitar que se transforme a ERC num campo de batalha parlamentar ou partidário", sublinhou o presidente da ERC . "É muito importante que a ERC seja posta ao serviço dos cidadãos e da indústria dos media que está a passar por uma crise muito complicada", acrescentou no final da reunião, que tinha sido pedida pelo presidente da entidade.

O impasse entre o PS e o PSD para a nomeação do novo conselho da ERC tem atrasado o processo de substituição. Em causa está a falta de entendimento em relação ao processo de escolha dos novos elementos da ERC, tendo a votação para a eleição dos novos membros sido adiada já por duas vezes.

No entanto, os actuais membros do conselho regulador, que também estiveram reunidos esta segunda-feira com Marcelo Rebelo de Sousa, deram "garantias de total estabilidade até à substituição". Além de Carlos Magno, o actual conselho regulador é constituído por Carlos Magno, Alberto Arons de Carvalho, vice-presidente, e pela vogal Luísa Roseira.

Carlos Magno referiu ainda que não "nos limitámos a falar da substituição da ERC. Falámos também da situação e dos problemas do sector", para os quais o Presidente da República se mostrou "sensível".

A TDT e o futuro do digital foram alguns dos temas abordados durante o encontro que decorreu em Belém, acrescentou o presidente da ERC, sem avançar com mais detalhes.