Notícia
Agência Lusa está a negociar moratórias de três meses com clientes
"Pensamos que, apesar de tudo, em relação ao orçamento da Lusa, teremos capacidade para chegar ao final do ano e acomodar as eventuais perdas que entretanto tenhamos", afirmou o presidente da agência, Nicolau Santos, quando questionado sobre a situação da empresa.
04 de Maio de 2020 às 19:44
O presidente da Lusa afirmou esta segunda-feira que o orçamento da agência de notícias terá capacidade de "acomodar eventuais perdas" até ao final ano e adiantou que a empresa está a negociar com os clientes moratórias de três meses.
Nicolau Santos falava aos jornalistas no final de uma audiência com o Presidente da República, que está hoje a ouvir os líderes dos principais grupos de comunicação social, audiências que continuam na terça-feira à tarde, sobre o impacto da pandemia de covid-19 nos media.
"Pensamos que, apesar de tudo, em relação ao orçamento da Lusa, teremos capacidade para chegar ao final do ano e acomodar as eventuais perdas que entretanto tenhamos", afirmou o presidente da agência, quando questionado sobre a situação da empresa.
Nicolau Santos recordou que a Lusa recebe uma indemnização compensatória. "Estamos neste momento numa situação em que temos clientes da comunicação social com dificuldades, estamos a negociar moratórias por três meses - maio, junho e julho -, portanto, durante três meses, esses clientes não pagarão", prosseguiu. O pagamento à Lusa ocorrerá "nos meses a seguir", disse.
O responsável salientou que "há casos mais problemáticos" e há outros que "serão passíveis de recuperação ao longo do ano". No entanto, "é evidente que a situação não é fácil, estamos à espera de que haja uma recuperação do mercado na segunda metade do ano, nomeadamente em matéria de publicidade, e que também as assinaturas digitais compensem sobretudo os órgãos de comunicação social escritos que precisam desses apoios", salientou.
Sobre a compra antecipada de publicidade institucional pelo Estado, no montante de 15 milhões de euros, Nicolau Santos considerou ser "seguramente uma indemnização generosa para os órgãos de comunicação social".
"Mas a situação é difícil e não penso que eventualmente sejam passíveis de resolver os problemas de todo o setor", afirmou o presidente da Lusa. "Penso que há neste quadro duas responsabilidades, uma delas tem a ver seguramente com o Estado, porque um jornalismo forte, independente, rigoroso, é um pilar fundamental da democracia, mas também penso que o setor privado tem alguma responsabilidade nesta matéria", prosseguiu.
"Temos tido ao longo dos últimos anos projetos editoriais apoiados por grupos privados, lembro-me do Público, Observador, vários projetos desses, estamos a viver uma altura em que provavelmente outros grupos económicos privados poderiam dar também o seu contributo para a comunicação social ultrapassar esta fase difícil", defendeu.
O contributo passaria por, ou lançar projetos, ou apoiar através de outras maneiras para tentar que esses media se mantenham em funcionamento, explicou. "É preciso criar a consciência de que uma informação forte, livre e independente produzida por jornalistas é fundamental, é um pilar indispensável das democracias", concluiu Nicolau Santos.
Nicolau Santos falava aos jornalistas no final de uma audiência com o Presidente da República, que está hoje a ouvir os líderes dos principais grupos de comunicação social, audiências que continuam na terça-feira à tarde, sobre o impacto da pandemia de covid-19 nos media.
Nicolau Santos recordou que a Lusa recebe uma indemnização compensatória. "Estamos neste momento numa situação em que temos clientes da comunicação social com dificuldades, estamos a negociar moratórias por três meses - maio, junho e julho -, portanto, durante três meses, esses clientes não pagarão", prosseguiu. O pagamento à Lusa ocorrerá "nos meses a seguir", disse.
O responsável salientou que "há casos mais problemáticos" e há outros que "serão passíveis de recuperação ao longo do ano". No entanto, "é evidente que a situação não é fácil, estamos à espera de que haja uma recuperação do mercado na segunda metade do ano, nomeadamente em matéria de publicidade, e que também as assinaturas digitais compensem sobretudo os órgãos de comunicação social escritos que precisam desses apoios", salientou.
Sobre a compra antecipada de publicidade institucional pelo Estado, no montante de 15 milhões de euros, Nicolau Santos considerou ser "seguramente uma indemnização generosa para os órgãos de comunicação social".
"Mas a situação é difícil e não penso que eventualmente sejam passíveis de resolver os problemas de todo o setor", afirmou o presidente da Lusa. "Penso que há neste quadro duas responsabilidades, uma delas tem a ver seguramente com o Estado, porque um jornalismo forte, independente, rigoroso, é um pilar fundamental da democracia, mas também penso que o setor privado tem alguma responsabilidade nesta matéria", prosseguiu.
"Temos tido ao longo dos últimos anos projetos editoriais apoiados por grupos privados, lembro-me do Público, Observador, vários projetos desses, estamos a viver uma altura em que provavelmente outros grupos económicos privados poderiam dar também o seu contributo para a comunicação social ultrapassar esta fase difícil", defendeu.
O contributo passaria por, ou lançar projetos, ou apoiar através de outras maneiras para tentar que esses media se mantenham em funcionamento, explicou. "É preciso criar a consciência de que uma informação forte, livre e independente produzida por jornalistas é fundamental, é um pilar indispensável das democracias", concluiu Nicolau Santos.