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Rei português dos autoclismos chega aos 70 anos a carregar vendas de 80 milhões
A aveirense OLI, que emprega mais de 400 pessoas e apresenta-se como o maior produtor de autoclismos da Europa do Sul, gera 75% da sua faturação em exportações para mais de 85 países dos cinco continentes.
Após ter fechado o exercício de 2022 com uma faturação de 75,5 milhões de euros, a cifra "mais elevada de sempre" da empresa portuguesa, a OLI viu as suas vendas caírem 3% no ano passado, para cerca de 73 milhões de euros, com as exportações a representarem 75% do total, tendo os produtos produzidos no complexo industrial de Aveiro sido enviados para mais de 85 países dos cinco continentes.
O ligeiro decréscimo das vendas da OLI em 2023 não afetou o otimismo daquela que se apresenta como "o maior produtor de autoclismos da Europa do Sul", que em 2024 "aspira retomar o crescimento e atingir a fasquia dos 80 milhões de euros no ano em que celebra o seu 70.º aniversário", sinaliza a empresa, esta quarta-feira, 17 de janeiro, em comunicado.
Para 2024, a empresa, que emprega mais de 400 pessoas em Portugal, ambiciona "prosseguir com o processo de internacionalização, através da concretização de oportunidades de investimento que permitam melhorar a sua competitividade", prevendo ainda "investir cerca de sete milhões de euros em projetos relacionados com a eficiência, a digitalização e a inovação", revela António Ricardo Oliveira, administrador da OLI.
Por outro lado, acrescenta o mesmo gestor, "continuaremos a dar passos importantes para promover uma maior sustentabilidade ambiental, prevendo o desenvolvimento de produtos mais eficientes e ecológicos, a criação da Análise de Ciclo de Vida do Produto e a Declaração Ambiental do Produto, bem como a reutilização total dos plásticos desperdiçados na produção e a redução de plástico descartável utilizado nas embalagens".
Investimento de 12 milhões na 10.ª ampliação do complexo industrial de Aveiro
Relativamente às vendas registadas no ano passado, a OLI realça que, na Europa, a geografia onde a empresa tem crescido continuamente nos últimos anos, as vendas recuaram globalmente 2,4%.
"A recessão na Alemanha, a maior economia da zona euro e o principal mercado de exportação da OLI, aliada à guerra na Ucrânia, influenciaram negativamente as vendas nos mercados germânico, escandinavo e do leste europeu", explica a empresa.
Já os maiores crescimentos de vendas "evidenciaram-se na Europa de sul (7%) e norte de África (9%)".
De resto, salienta, "a OLI continuou a investir na sua competitividade à escala global, tendo aplicado um total de nove milhões de euros em I&D, tecnologia e capacidade produtiva".
Destaque para a inauguração da 10.ª ampliação do seu complexo industrial, num investimento de cerca de 12 milhões de euros, com a construção de um novo edifício "energeticamente autossuficiente", e a sua estreia na comercialização de louça sanitária cerâmica, com o lançamento de três gamas – realizações que, considera, "demonstraram a sua ambição de um crescimento sustentável ao nível económico e ambiental".
A fábrica da OLI em Aveiro trabalha ininterruptamente 24 horas por dia, sete dias por semana, e tem uma produção anual de cerca de dois milhões de autoclismos e três milhões de mecanismos.