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Ramirez entra no retalho aos 160 anos
A mais antiga conserveira do mundo em laboração abriu uma banca no mercado do Bom Sucesso, a poucos semanas de iniciar um investimento de 18 milhões na nova fábrica em Matosinhos.
A Ramirez & Cª está a dinamizar uma das 44 bancas do renovado mercado do Bom Sucesso, no Porto, naquela que é a primeira vez que a histórica empresa nortenha, fundada em 1853, entra directamente no retalho em nome próprio.
Fonte oficial da empresa, que factura 30 milhões de euros e emprega um total de 220 trabalhadores, disse ao Negócios que este projecto foi feito “em parceria com outra empresa, que explora o local”. Sem especificar o montante conjunto, a mesma fonte referiu que o investimento da parte da Ramirez rondou os 15 mil euros.
Citado em comunicado, o administrador Manuel Ramirez assinalou que este projecto na área do retalho, onde são comercializadas 55 referências de atum, sardinha, cavalo e pescado diverso, “configura um desafio de modernidade” que foi acolhido “com muito carinho” pela produtora de 45 milhões de latas por ano.
Nova fábrica avança finalmente
A comemorar 160 anos de actividade, a Ramirez anunciou que vai lançar “nas próximas semanas” a primeira pedra da nova fábrica, que será construída em Lavra, também em Matosinhos. Nos cálculos da empresa, que exporta para 53 países, este investimento industrial rondará os 18 milhões de euros e permitirá “duplicar a capacidade das actuais unidades de Matosinhos e Peniche”.
O Governo já declarou “o relevante interesse público" da construção desta nova unidade industrial de conservas de peixe em solos incluídos na Reserva Agrícola Nacional (RAN). Um despacho publicado a 8 de Março de 2012 em Diário da República deu autorização à empresa para utilizar 38.618 metros quadrados de solos incluídos na RAN, sendo a área de implantação dos edifícios industriais de 16.155 metros quadrados.