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Presidente da FIPA antecipa subida de preços em 2024 e defende que IVA zero devia ser prolongado

Jorge Henriques considera que faria sentido prolongar o IVA zero por pelo menos mais um trimestre. Presidente da FIPA diz que seria uma "medida de cautela" dado que "não existem outras" para aliviar os preços que prevê que subam em 2024 como resultado do aumento de custos, designadamente da energia.

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O presidente da Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares (FIPA), Jorge Henriques, defende que faria sentido "prolongar por mais algum tempo" a isenção do IVA num cabaz de 46 produtos em 2024, alertando para uma "inevitável" subida de preços não só por força da reposição do imposto, mas também como resultado de previsíveis aumentos dos custos, designadamente da energia e das matérias-primas de embalagens.

"Diria um trimestre, no mínimo, para que algo estabilizasse", afirma, em entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1, atestando que tal permitiria compensar alguns custos que vão aumentar e, portanto, potencialmente agravar os preços.

"Vai haver uma subida dos preços - inevitável, mais que não seja pela reposição do IVA, mas também pela situação que estamos a viver neste momento", que "é extremamente complexa decorrente do cenário geopolítico - com a guerra na Ucrânia e, agora, no Médio Oriente - com possíveis implicações no aumento dos combustíveis e dos custos energéticos", adverte Jorge Henriques.

Custos que o presidente da FIPA estima que venham a agravar-se também devido a circunstâncias internas. Essas implicaçoes aliadas "às alterações que se vão introduzir no mercado nas taxas de acesso às redes vão fazer disparar novamente o custo da fatura de energia para a indústria e para a agricultura", lamenta.

Depois há as matérias-primas, não só as alimentares, com o presidente da FIPA a recordar que Portugal e, de resto, o sul da Europa vem de um período de seca, mas também as de embalagem. "Não podemos esquecer que muito do que comemos é embalado, seja vidro, plástico ou papel", materiais que "já estão a ter aumentos pronunciados e que, portanto, vão ter impacto" nos preços, vaticina.

Assim, prolongar o IVA zero seria uma "medida de cautela", uma vez que "não existem outras medidas pensadas" a este nível, aponta Jorge Henriques.
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