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Martifer põe Sicilia a estrear gás de Viana do Castelo

O navio de um armador espanhol, que esteve a ser modernizado e reconvertido para propulsão a gás natural nos estaleiros navais da West Sea, foi abastecido no porto de Viana do Castelo, operação inédita nos portos que a autoridade portuária gere, incluindo os do Douro e Leixões.

20 de Julho de 2020 às 16:07
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O ferry Sicilia, propriedade da espanhola Baleària Eurolíneas Marítimas, esteve atracado cinco meses nos estaleiros navais da West Sea, que pertence ao grupo Martifer, onde foi reconvertido para propulsão a gás natural liquefeito (GNL) e modernizado.

 

A West Sea instalou no Sicília um tanque com capacidade para 425 metros cúbicos de GNL, adaptou os motores do ferry e da casa das máquinas e instalou, ainda, sensores para monitorização, em tempo real, dos consumos e das emissões, dotando-o de uma autonomia de mais de mil milhas náuticas ao ser movido a gás natural.

 

A modernização desta embarcação passou, também, pela adoção de tecnologia "smart ship", com a instalação de rede wi-fi, WhatsApp, Smart TV ou acesso aos camarotes através de um código QR.

 

Entretanto, após reconversão e modernização do Sicilia a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) disponibilizou a infraestrutura portuária de Viana do Castelo para o abastecimento deste navio com GNL, naquela que foi a primeira operação deste tipo alguma vez realizada nos portos geridos pela APDL.

 

O navio Sicilia, de 186 metros e com capacidade para transportar 1000 passageiros e mais de 400 veículos, foi abastecido com cerca de 125 metros cúbicos de GNL, durante o dia de ontem, 19 de julho, no Terminal Multiusos do Porto de Viana do Castelo.  

 

"Esta operação efetuou-se após meticulosa avaliação de risco e implementação dos procedimentos e melhores práticas suportadas nas recomendações internacionais e nacionais, compiladas desde 2018 num estudo, manuais e procedimentos de Bunkering de GNL,  mandada elaborar pela APDL, para a preparação das suas equipas, no seguimento das orientações do Quadro de Ação Nacional para a Criação de uma Infraestrutura para Combustiveis Alternativos (RCM 88/2017),  em que traça a meta de 2025, para que os portos nacionais tenham a capacidade e abastecimento de GNL a navios", detalha a APDL, em comunicado.

 

"Continuamos a destacar-nos pela capacidade de modernização para responder às novas exigências do mercado, que cada vez mais vão de encontro a um futuro mais verde e sustentável. Pretendemos continuar na linha da frente rumo à transição energética e a um transporte marítimo menos poluente e mais eficiente", realça a mesma autoridade portuária.

 

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