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João Castello Branco sai da Semapa. Ricardo Pires vai ser o novo CEO
Ao fim de sete anos como presidente executivo da Semapa, João Castello Branco renunciou ao cargo e sai do grupo a 31 de dezembro. Ricardo Pires, administrador da holding e líder da Semapa Next, será o novo CEO.
João Castello Branco renunciou ao mandato de administrador e presidente executivo da Semapa e cessa funções no final deste ano, anunciou a holding que controla a Navigator e a Secil em comunicado.
Ricardo Pires, que é hoje administrador da Semapa, assumirá o lugar de CEO no início do próximo ano.
Em comunicado à CMVM, a Semapa adianta que João Castello Branco "informou do seu sentimento de que, decorridos dois mandatos desde a sua junção ao grupo como presidente da comissão executiva, considera que já se encontram cumpridos os objetivos definidos aquando da sua eleição para tal cargo e criadas as condições para a sua sucessão na liderança do grupo, pelo que pretende cessar as suas funções como administrador e presidente da comissão executiva da sociedade no final do presente mandato, tendo apresentado a renúncia a tal cargo, com efeito no próximo dia 31 de dezembro".
Na mesma nota, a holding acrescenta que "em consequência, o conselho de administração designou o administrador executivo Ricardo Pires para exercer as funções de presidente da comissão executiva da Semapa, a partir de 1 de janeiro de 2022".
O gestor de 45 anos, que está na Semapa há 13 anos e é hoje CEO da Semapa Next (a empresa de Venture Capital do grupo), será no próximo ano proposto, na assembleia geral de abril, para um novo mandato quer como presidente executivo da Semapa quer como chairman das suas participadas, à semelhança do que acontecia com Castello Branco, que deixa agora também esses cargos.
João Castello Branco fez carreira na consultora McKinsey, para onde entrou em 1991, e de onde saiu reformado, tendo sido escolhido em julho de 2015 por Pedro Queiroz Pereira para CEO da "holding" que controla a Navigator, a Secil e a empresa do setor do ambiente ETSA.
O gestor esteve sete anos à frente da holding – dois mandatos e mais um ano devido à pandemia –, tendo levado a cabo uma desalavancagem da Semapa – com uma redução da dívida de 830 milhões de euros -, assim como uma profissionalização do grupo.
Neste período foi ainda concretizado o "turnaround" da Secil – cimenteira que tem hoje menos dívida e mais resultados – e lançada a Semapa Next.