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Lucros da Semapa cresceram 86% para 198 milhões de euros em 2021

O volume de negócios da 'holding' que controla a Navigator e a Secil aumentou 14,1% em 2021, ano em que a Semapa cortou a dívida consolidada em 200 milhões.

OPA da Semapa suporta escalada das ações
18 de Fevereiro de 2022 às 19:09
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A Semapa fechou 2021 com um resultado líquido de 198,1 milhões de euros, o que representa um aumento de 86% face a 2020 (106,6 milhões de euros).

O anúncio foi feito pela 'holding' que controla a Navigator, a Secil e a ETSA em comunicado enviado, esta sexta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A Semapa atribui o crescimento a "uma evolução favorável do EBITDA
 (+89,4 milhões de euros) conjugada com uma melhoria nos resultados financeiros (+9,6 milhões de euros)".

Um cenário para o qual contribuiu "uma redução dos efeitos cambiais negativos na Secil e das depreciações, amortizações e perdas por imparidade e provisões", assim como "menor impacto da posição monetária líquida", ao mesmo tempo que foi "negativamente influenciado pela função fiscal (-6 milhões de euros)", detalha.

O volume de negócios consolidado do grupo somou 2.131,4 milhões de euros, traduzindo um aumento de 14,1% face a 2020, dos quais 1.595,7 milhões de euros foram gerados pela papeleira Navigator (+15,2%) e 495,7 milhões de euros pela cimenteira Secil (+9,9%). Os remanescentes 40 milhões advieram da empresa da área do ambiente ETSA (+27,3%). 

As exportações e vendas no exterior ascenderam a 1.576,5 milhões de euros, equivalendo a 74% do volume de negócios.

No comunicado de apresentação dos resultados de 2021, a Semapa destaca que o ano passado ficou marcado pelo "aumento dos volumes de papel vendido num contexto de recuperação de preços"; pela "evolução positiva" em todos os mercados onde a Secil atua, assim como pelo "maior volume de negócios de sempre" no segmento do ambiente.

O EBITDA totalizou 508,7 milhões de euros no ano passado, refletindo uma subida de 21,3% face a 2020, ou seja, de 89,4 milhões de euros. Do total, 354,7 milhões de euros foram gerados no segmento da pasta e papel (+24,2%), 139,7 milhões de euros no cimento (+13,1%) e 14,6 milhões de euros no ambiente (+44,3%).

Já o investimento em ativos fixos cifrou-se em 127 milhões de euros no ano passado. Uma verba que inclui 20 milhões de euros referentes ao projeto de CCL- Clean Cement Line na fábrica de cimento de Outão da Secil e 80 milhões de euros respeitantes à modernização e manutenção dos equipamentos e capacidade produtiva, energia e descarbonização na Navigator, explica o grupo. Adicionalmente, acrescenta, destaca-se o investimento em ativos financeiros de 11 milhões de euros em 'startups' e fundos de venture capital realizado pela Semapa Next.

A Semapa chegou ao final de 2021 com uma dívida líquida remunerada consolidada de 1.015,6 milhões de euros milhões de euros, ou seja, 200 milhões de euros abaixo da registada no final de 2020.

A 31 de dezembro, o total de disponibilidades de caixa e equivalentes consolidadas ascendia a 382 milhões de euros, tendo o grupo, adicionalmente, um conjunto de linhas contratadas e não utilizadas no total de 553 milhões, o que assegura "uma forte posição de liquidez".

O conselho de administração da Semapa anunciou que vai propor a distribuição de dividendos de 0,512 euros por ação, correspondente a um valor total de aproximadamente 40,9 milhões de euros.

De recordar que, na reta final de 2021, João Castello Branco renunciou ao cargo de presidente executivo da Semapa, tendo deixado o grupo a 31 de dezembro, ao fim de sete anos. Para o suceder como CEO foi escolhido Ricardo Pires, administrador da 'holding' e líder da Semapa Next.














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