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Fábrica da antiga Triumph baixa preço de venda para 4,9 milhões
Depois de uma primeira tentativa frustrada de venda da antiga fábrica de roupa interior Triumph, em Sacavém, por 5,7 milhões de euros, a massa falida baixou o valor-base para 4,9 milhões e recebe propostas por carta fechada até 7 de Junho.
A massa falida do complexo industrial da Têxtil Gramax Internacional, mais conhecida por corporizar a antiga fábrica de roupa interior Triumph, em Sacavém, vai tentar, pela segunda vez, vender a unidade fabril no seu conjunto.
Frustrada a venda da globalidade do complexo por um preço-base de 5,7 milhões de euros, num leilão realizado a 3 de Maio passado, o processo prossegue agora através da apresentação de propostas por carta fechada, tendo o valor-base baixado cerca de 800 mil euros, para pouco mais de 4,9 milhões de euros.
As propostas deverão ser entregues até 14 de Junho.
Caso exista mais do que uma oferta de igual valor para os bens em venda, poderá proceder-se a uma licitação entre os proponentes.
Não há impedimento à apresentação de propostas de valor inferior ao valor base da venda.
"Contudo, a adjudicação será feita à proposta de maior valor, reservando-se à administradora da insolvência o direito de não adjudicar qualquer proposta, se estas forem inferiores ao valor base de venda, sendo que as ofertas abaixo do preço-base, denominadas ‘Registo de Oferta’, têm a validade de 45 dias, devendo ser caucionadas e não podendo ser retiradas antes do referido prazo", explica a leiloeira LC Premium, num documento publicado na sua página na internet.
Poderão também ser apresentadas propostas apenas para o imóvel, que tem como valor mínimo 4,42 milhões de euros, enquanto o lote constituído pelos equipamentos tem como preço base cerca de 498 mil euros.
No leilão de 3 de Maio, surgiu uma oferta máxima de 1,5 milhões de euros pela totalidade dos bens, assim como uma oferta de 420 mil euros pelos equipamentos, tendo sido ambas rejeitadas.
Em Setembro de 2016, na sequência da decisão da Triumph de desinvestir na produção industrial em Portugal, a fábrica de roupa interior de Sacavém é comprada pela Gramax, de capitais suíços e alemães, que garantiu a continuidade da operação e dos seus quase meio milhar de trabalhadores.
Um ano depois, alegando não ter encomendas para fazer face aos custos existentes, tentou executar um plano de reestruturação que apontava para a redução de 150 postos de trabalho.
Em Dezembro, com três meses de salários em atraso, a empresa apresentou-se à insolvência.
Sem garantia de subsídio de desemprego, os trabalhadores iniciaram um piquete de vigilância nas instalações, até que fosse decretada a insolvência, o que viria a acontecer no dia 24 de Janeiro, mandando para o desemprego quase 500 pessoas, maioritariamente mulheres.