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Espanha desbota exportações portuguesas de têxteis
Principal destino das exportações têxteis nacionais, Espanha comprou menos 35 milhões de euros a Portugal nos primeiros três meses deste ano. Resultado: em termos globais, as vendas desta indústria sofreram uma queda homóloga de 0,2%, para 1,364 mil milhões de euros.
As exportações portuguesas de têxteis e vestuário registaram uma quebra de 0,2% nos primeiros três meses deste ano, para 1,364 mil milhões de euros, menos três milhões de euros do que em igual período do ano passado.
O principal destino das têxteis nacionais foi o grande responsável por este resultado. Segundo a Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), com base nos dados divulgados esta quinta-feira pelo INE, Espanha comprou menos 35 milhões de euros até ao final de Março, o que traduz uma quebra homóloga de 8%, para 412 milhões de euros.
Também o Reino Unido, quarto maior destino, comprou neste período menos oito milhões de euros, com as exportações têxteis para este país a fixar-se em 103 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano.
Destaque ainda para o corte de quatro milhões de euros nas compras de têxteis efectuadas por Angola, menos 31% do que há um ano.
Já os destinos mais dinâmicos, que compensaram quase integralmente as perdas registadas neste período, foram a Itália, para onde Portugal exportou mais 26%, o que significa um acréscimo homólogo de 17 milhões de euros, para 80 milhões de euros, e a França, com mais 10 milhões de euros, para um total de 194 milhões de euros.
"As exportações para fora da União Europeia também estiveram mais animadas, crescendo 2,4% no total, com destaques para a Macedónia (mais 170%), para a China (mais 28%) e para a Suíça (mais 14%)", destaca a ATP.
Por segmentos de produtos, as exportações de matérias-primas têxteis estiveram mais dinâmicas, registando um aumento de 3%, para 367 milhões de euros.
"Destacamos o crescimento das exportações de tecidos impregnados, revestidos, recobertos ou estratificados e artigos para usos técnicos de matérias têxteis, com mais 10 milhões de euros exportados no trimestre (mais 15%) e das exportações de fibras sintéticas artificiais descontínuas, com um acréscimo de seis milhões de euros, ou seja, mais 10%", enfatiza a associação do sector.
Inversamente, as exportações de vestuário e acessórios em tecido caíram 4%, equivalente a uma quebra homóloga de 11 milhões de euros.