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Italianos e franceses dão brilho às exportações portuguesas de têxteis e vestuário
As exportações de têxteis e vestuário cresceram 12,2% em Abril em relação ao mesmo mês do ano passado e 2,5% no acumulado dos quatro primeiros meses deste ano, para 1,8 mil milhões de euros. O aumento robusto das vendas para Itália e França superou a queda de 4,3% para Espanha.
A França e a Itália são os principais motores do grande crescimento das exportações portuguesas de têxteis e vestuário, que aumentaram 12,2% em Abril face ao mesmo mês do ano passado e 2,5% nos primeiros quatro meses de 2017 em relação há um ano.
Em termos absolutos, a Itália liderou esta performance, tendo comprado a Portugal mais de 62 milhões de euros de têxteis e roupa lusas neste quadrimestre, o que traduz um aumento homólogo de 24 milhões de euros.
Seguiu-se a França, para onde se exportou 150,6 milhões de euros entre Janeiro e Abril, mais 11 milhões do que há um ano.
Crescimentos que mais do que compensaram as quedas registadas no primeiro e quarto destinos dos têxteis e vestuário nacionais - Espanha comprou menos 25 milhões de euros, baixando para um total de 423,5 milhões de euros, e o Reino Unido menos nove milhões, para 90 milhões de euros, respectivamente.
Resultado: segundo a Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), com base nos dados do INE, Portugal exportou 1,797 mil milhões de euros de têxteis e vestuário nos primeiros quatro meses do ano, mais 12,2% do que em igual período do ano passado.
Por segmentos de produtos, as exportações de matérias têxteis aumentaram 4%, para 495 milhões de euros; as de vestuário 1,9%, para 1,072 mil milhões de euros; e os têxteis-lar e outros artigos têxteis confeccionados 2,1%, para 230 milhões de euros.
Os produtos que melhor desempenho tiveram foram o vestuário e acessórios de malha (mais 31 milhões de euros, equivalente a um crescimento homólogo de 4,3%) e os tecidos impregnados, revestidos, recobertos ou estratificados e artigos para usos técnicos de matérias têxteis (mais 16 milhões de euros, o que traduz um aumento de 19%).
"Apesar do mercado espanhol – o principal mercado do vestuário português – dar mostras de alguma instabilidade, as empresas nacionais têm sido capazes de compensar essa diminuição das compras com o crescimento noutros mercados de moda importantes, como é o caso da França e de Itália", enfatiza César Araújo, presidente Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confecção (ANIVEC), em comunicado.
Já a ATP realça o saldo da balança comercial dos têxteis e vestuário, que "ficou em 450 milhões de euros [no final de Abril passado], com uma taxa de cobertura de 133%".