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Corticeira Amorim compra Herdade da Baliza por 5,5 milhões
A maior corticeira do mundo adquiriu a Cosabe, que tem como principal activo a Herdade da Baliza, situada em Castelo Branco, onde vai desenvolver uma “plantação suberícola intensiva”. Trata-se do primeiro investimento do grupo em propriedade florestal.
Após ter investido 37,5 milhões de euros na aquisição de três concorrentes internacionais, no segmento da produção de rolhas, no último ano, a Corticeira Amorim voltou às compras, desta vez em Portugal e a montante da indústria.
A corticeira liderada por António Rios Amorim acaba de anunciar que, através da sua participada Amorim Florestal, a sub-holding da Unidade de Negócios de Matérias-Primas da Corticeira, celebrou um acordo para a aquisição de 100% da sociedade Cosabe – Companhia Silvo-Agrícola da Beira, S.A., sedeada em Lisboa, que tem como principal activo a Herdade da Baliza, situada na zona de Castelo Branco/ Tejo internacional, com uma área total de 2.866 hectares.
O negócio foi fechado "pelo valor total de 5,5 milhões de euros", avança a Corticeira Amorim, esta quarta-feira, 24 de Outubro, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de valores Mobiliários (CMVM).
Uma aquisição que, explica a empresa, se insere no âmbito do "Projecto de Intervenção Florestal" que a Amorim Florestal tem em curso, que "visa assegurar a manutenção, preservação e valorização das florestas de sobro e, consequentemente, a produção contínua de cortiça de qualidade, desenvolvido em estreita parceria com produtores florestais, instituições de investigação e entidades políticas locais".
Desta forma, "a Amorim Florestal acumulou um vasto conhecimento científico e técnico sobre novas práticas agrícolas com elevado potencial para o desenvolvimento do sobreiro e incremento da respectiva produtividade", sublinha a Corticeira Amorim.
No quadro deste projecto, a Amorim Florestal pretende agora desenvolver na Herdade da Baliza uma "plantação suberícola intensiva" em modo de "produção intensiva e com fertirrega, aumentando a densidade de sobreiros por hectare e um crescimento mais rápido dos mesmos, reduzindo de forma significativa o tempo necessário para o início de exploração das árvores", enfatiza a empresa.
De resto, conclui o grupo sediado em Mozelos, Santa Maria da Feira, "estima-se que este investimento, o primeiro do grupo Corticeira Amorim em propriedade florestal, possa ser um contributo valioso para a afirmação do montado como um investimento sustentável e rentável agora também para a geração que o planta".