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Cimpor instala parques solares nas três fábricas em Portugal

A cimenteira vai instalar até ao fim deste ano parques solares nas fábricas de Alhandra, Souselas e Loulé com 1MW de potência para autoconsumo. Até 2025 terá lugar a expansão para 10 MW.

Sérgio Lemos
30 de Setembro de 2021 às 11:56
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A Cimpor vai investir na instalação de um parque fotovoltaico em cada uma das suas três unidades de produção em Portugal (Alhandra, Souselas e Loulé), anunciou esta quinta-feira em comunicado a cimenteira, que reforçou também para 130 milhões os investimentos previstos na transição energética.

O projeto agora anunciado dotará com 1 megawatt (MW) de potência para autoconsumo cada fábrica e tem a sua conclusão prevista até ao final de 2021, estando ainda nos planos da Cimpor a sua expansão para 10 MW em Alhandra e Souselas até 2025.

Inserido na estratégia ambiental da empresa, que visa reduzir em 37% as emissões de CO2 até 2030 - rumo à neutralidade carbónica em 2050 -, o investimento envolve a instalação de um total de 6.500 painéis fotovoltaicos numa área de cerca de 3,5 hectares nos terrenos de cada uma das fábricas, com uma capacidade de produção anual de 4.5 GWh de energia elétrica, "que permitirá evitar a emissão de 1.100 toneladas de CO2 por ano", refere a empresa na mesma nota.

Para complementar o investimento em eficiência energética, a Cimpor salienta também estar a preparar a instalação de duas unidades de recuperação de calor residual de processo para geração de energia elétrica, com uma potência próxima de 8MW, nas unidades de produção de Alhandra e Souselas. Em conjunto com os parques fotovoltaicos, o objetivo, afirma, é o de gerar, de forma autónoma, 30% das necessidades de energia e reduzir, também em 30%, as emissões indiretas de CO2.

Este projeto foi anunciado no âmbito da divulgação do Relatório de Sustentabilidade referente às atividades da Cimpor durante o último ano, que revelam os indicadores de desempenho da empresa, bem como o compromisso em minimizar os impactos e gerir a pegada ambiental das suas operações.

Citado no comunicado, Luís Fernandes, CEO da Cimpor, salienta que nos últimos três anos o grupo dedicou 7,2 milhões de euros a investimentos ambientais para tornar as suas operações cada vez mais sustentáveis


O responsável diz ainda que, na sequência da atividade industrial, a aposta nas energias renováveis está entre as prioridades de investimento. "O projeto fotovoltaico para produção de eletricidade nas três unidades de produção, entre outros em curso, é estratégico para atingir os objetivos ambientais a que nos propusemos, além de reduzir o consumo elétrico e otimizar processos de produção".

Como parte da redução na entrada de materiais para a produção, a Cimpor aumentou o uso de matérias-primas alternativas nos últimos anos, utilizando cerca de 150 mil toneladas em 2020, o que representa um pouco menos de 3% do total das matérias-primas consumidas e um aumento de mais de 45% em relação a 2016.

A atividade de coprocessamento, por seu lado, vai tornar-se, assegura, cada vez mais significativa na estratégia de redução de emissões, tendo por base a missão de alcançar uma taxa de substituição térmica de 70% até 2030, o que permitirá desviar anualmente de aterro cerca de 250 mil toneladas de resíduos.

No âmbito do plano de transição para uma economia neutra em carbono apresentado em 2020, a Cimpor já tinha anunciado um investimento de 100 milhões de euros em projetos de modernização de ativos industriais e Investigação & Desenvolvimento até 2030.

Agora, diz Luís Fernandes, "os investimentos já anunciados irão ser incrementados para valores superiores a 130 milhões de euros ao longo dos próximos 10 anos". Relativamente ao plano estratégico em implementação que visa a redução das emissões de CO2, o CEO garante ainda que "iremos não só acelerar a sua execução como, oportunamente, renovar a sua ambição".

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