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A Cimpor definiu como objetivo a redução em 37% das emissões de dióxido de carbono até 2030. Esta medida, integrada na estratégia ambiental a longo prazo da empresa, enquadra-se no plano de transição para uma economia neutra em carbono, segundo um comunicado da Cimpor.
Para o cumprimento desta sua nova meta ambiental, a Cimpor compromete-se para já a investir cerca de 100 milhões de euros em projetos de I&D e modernização de ativos industriais até 2030.
O setor cimenteiro tem vindo a desempenhar um papel relevante na economia circular, pela adoção de medidas como a transformação de resíduos em combustíveis e matérias-primas alternativas e agilização de processos de controlo e fabrico.
Neste sentido, a Cimpor prevê aumentar a substituição de combustíveis fósseis por fontes alternativas de energia, dos atuais 30% para 70%, a fim de evitar o aterro e o uso de combustíveis fósseis convencionais.
Luís Fernandes, CEO da Cimpor Portugal e Cabo Verde, garante que a empresa tem vindo a "percorrer um importante caminho no sentido da neutralidade carbónica, mas podemos, e devemos, fazer ainda mais. A meta que definimos para 2030, e para a qual estamos a trabalhar avidamente, permite-nos estar confiantes de que os processos e medidas que adotamos na produção dos nossos produtos se vão tornar num novo benchmark para a indústria cimenteira. Queremos acima de tudo ser parte da solução estratégica na adaptação às alterações climáticas e trabalhar em parceria com todos as entidades envolvidas".
Com o intuito de minimizar o impacto para o ambiente da produção, a Cimpor vai ainda diminuir a incorporação de clínquer – componente essencial na produção de cimento que mais dióxido de carbono emite – de 78% para 62,5% até 2030, o que irá contribuir para diminuir a pegada de carbono de muitos produtos utilizados pela empresa, segundo revelou a Cimpor.