Notícia
Consórcio de empresas investe mais de 100 milhões de euros em hidrogénio verde
O consórcio industrial é "liderado pela Rega Energy", um produtor independente de gás renovável, sediado em Portugal e conta com a Águas do Centro Litoral, BA Glass, Cimpor, Crisal, GGND (Galp Gás Natural Distribuição), Secil e Vidrala como membros fundadores.
22 de Fevereiro de 2022 às 07:39
Um consórcio de empresas portuguesas vai investir mais de 100 milhões de euros na região centro num projeto de descarbonização da indústria através do uso de hidrogénio verde que deverá arrancar no próximo ano.
Em declarações à Lusa, Thomas Carrier, fundador e presidente executivo da Rega Energy referiu que os "projetos Green Valley da Marinha Grande e de Coimbra estão a ser desenvolvidos em paralelo".
"São duas regiões com um legado industrial relevante, que atualmente procuram uma maneira eficaz de descarbonizar a produção em todos os setores. Nestas regiões, o nosso consórcio pode apoiar os líderes em cimento, resíduos, vidro, cerâmica e revolucionar a forma como a indústria portuguesa aborda a descarbonização através de uma tecnologia madura e escalável", destacou.
O projeto, intitulado 'Vale Hidrogénio Verde Nazaré' (NGHV), abrange um conjunto de empresas representando cerca de 10% do total de emissões da indústria nacional, tendo um forte impacto na sustentabilidade e nas exportações das empresas, bem como das comunidades, adianta.
O consórcio industrial é "liderado pela Rega Energy", um produtor independente de gás renovável, sediado em Portugal e conta com a Águas do Centro Litoral, BA Glass, Cimpor, Crisal, GGND (Galp Gás Natural Distribuição), Secil e Vidrala como membros fundadores.
Este agrupamento inclui ainda "os centros tecnológicos de investigação e desenvolvimento C5Lab, CTCV (Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro) e a Associação Portuguesa do Hidrogénio (AP2H2), bem como outros parceiros como a Fusion Fuel e Madoqua Ventures", de acordo com a mesma informação.
No comunicado, "as empresas revelaram ainda que o investimento direto inicial previsto para este consórcio ascende a mais de 100 milhões de euros", sendo que até 2025, "prevê a necessidade de mais de 1.700 postos de trabalho, dos quais 140 serão novos empregos".
Os participantes deste consórcio esperam "iniciar a implantação da sua infraestrutura até 2023, com o início da operação previsto para o final de 2025, mediante apoios no financiamento", detalhando que a "infraestrutura incluirá uma rede elétrica dedicada, integrando uma central solar para produção de eletricidade de origem renovável que alimentará a instalação produtora de hidrogénio verde".
Numa fase inicial, o agrupamento de empresas pretende instalar "uma potência de 40 MW [megawatts], com o objetivo de chegar à meta de 600 MW, fazendo do NGHV um projeto de referência na produção de hidrogénio verde".
De acordo com o consórcio, "o projeto de descarbonização em larga escala da NGHV pretende trazer vantagens competitivas ao consumo intensivo, não apenas pela descarbonização, mas também pela estabilidade do preço da energia", sendo que a "previsibilidade da estrutura de custos com energia nas grandes empresas permitirá ainda dotar o próprio país de uma maior resiliência, estabilidade social e perspetiva de emprego a longo prazo".
"Para as indústrias pesadas como a siderurgia, o cimento, vidro, cerâmica e fertilizantes, a eletrificação total não é uma opção para garantir uma descarbonização profunda", explicaram, acrescentando que estas indústrias "passam a poder fabricar produtos de baixo carbono, com recurso a uma fonte de energia limpa, produzida em Portugal".
O gás renovável que não for consumido pelos clientes do consórcio, acrescenta, "será injetado na rede de gás natural nacional e, através de acordos de compra indireta, permitirá a outras empresas industriais compensar as suas emissões resultantes do consumo de energia de fonte fóssil", rematou.
Em declarações à Lusa, Thomas Carrier, fundador e presidente executivo da Rega Energy referiu que os "projetos Green Valley da Marinha Grande e de Coimbra estão a ser desenvolvidos em paralelo".
O projeto, intitulado 'Vale Hidrogénio Verde Nazaré' (NGHV), abrange um conjunto de empresas representando cerca de 10% do total de emissões da indústria nacional, tendo um forte impacto na sustentabilidade e nas exportações das empresas, bem como das comunidades, adianta.
O consórcio industrial é "liderado pela Rega Energy", um produtor independente de gás renovável, sediado em Portugal e conta com a Águas do Centro Litoral, BA Glass, Cimpor, Crisal, GGND (Galp Gás Natural Distribuição), Secil e Vidrala como membros fundadores.
Este agrupamento inclui ainda "os centros tecnológicos de investigação e desenvolvimento C5Lab, CTCV (Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro) e a Associação Portuguesa do Hidrogénio (AP2H2), bem como outros parceiros como a Fusion Fuel e Madoqua Ventures", de acordo com a mesma informação.
No comunicado, "as empresas revelaram ainda que o investimento direto inicial previsto para este consórcio ascende a mais de 100 milhões de euros", sendo que até 2025, "prevê a necessidade de mais de 1.700 postos de trabalho, dos quais 140 serão novos empregos".
Os participantes deste consórcio esperam "iniciar a implantação da sua infraestrutura até 2023, com o início da operação previsto para o final de 2025, mediante apoios no financiamento", detalhando que a "infraestrutura incluirá uma rede elétrica dedicada, integrando uma central solar para produção de eletricidade de origem renovável que alimentará a instalação produtora de hidrogénio verde".
Numa fase inicial, o agrupamento de empresas pretende instalar "uma potência de 40 MW [megawatts], com o objetivo de chegar à meta de 600 MW, fazendo do NGHV um projeto de referência na produção de hidrogénio verde".
De acordo com o consórcio, "o projeto de descarbonização em larga escala da NGHV pretende trazer vantagens competitivas ao consumo intensivo, não apenas pela descarbonização, mas também pela estabilidade do preço da energia", sendo que a "previsibilidade da estrutura de custos com energia nas grandes empresas permitirá ainda dotar o próprio país de uma maior resiliência, estabilidade social e perspetiva de emprego a longo prazo".
"Para as indústrias pesadas como a siderurgia, o cimento, vidro, cerâmica e fertilizantes, a eletrificação total não é uma opção para garantir uma descarbonização profunda", explicaram, acrescentando que estas indústrias "passam a poder fabricar produtos de baixo carbono, com recurso a uma fonte de energia limpa, produzida em Portugal".
O gás renovável que não for consumido pelos clientes do consórcio, acrescenta, "será injetado na rede de gás natural nacional e, através de acordos de compra indireta, permitirá a outras empresas industriais compensar as suas emissões resultantes do consumo de energia de fonte fóssil", rematou.