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Crescimento da mobilidade elétrica implica melhorar a rede de carregamento

É necessário criar condições para reduzir o tempo de implementação de um ponto de carregamento. Isso obriga ao envolvimento de várias entidades, não só da rede de distribuição de eletricidade mas também das câmaras municipais e das entidades responsáveis pelos licenciamentos.

16 de Abril de 2021 às 07:33
Rui Vieira, responsável de mobilidade elétrica da Galp
Rui Vieira, responsável de mobilidade elétrica da Galp

A evolução da mobilidade elétrica em Portugal está a apresentar indicadores acima da média, o que traduz o dinamismo deste mercado e dos operadores do nosso país. Os veículos elétricos representaram 4,2% das vendas de automóveis em todo o mundo, quase o dobro do registado em 2019 (2,5%) e Portugal é o quinto país da União Europeia com maior percentagem de vendas de veículos elétricos sobre o total de registos de novos veículos no país: este indicador está nos 16,1% no nosso país e nos 8% na Europa. Ou seja, estamos muito bem posicionados face à média europeia.Só perdemos para os países nórdicos: Noruega (75%), Islândia (51%) e Suécia (32%).

Em entrevista, Rui Vieira, responsável de mobilidade elétrica da Galp, aborda o estado da mobilidade elétrica em Portugal e destaca o trabalho desenvolvido pela Galp nesta área.

 

Como vê a Galp o estado da mobilidade elétrica em Portugal?

O setor automóvel está cada vez mais comprometido com o paradigma da mobilidade sustentável e os exemplos sucedem-se: a Volvo deu um sinal claro disso mesmo ao anunciar que todos os novos modelos da marca serão elétricos a partir de 2030. Em 2025, de resto, a empresa estima que 50% das suas vendas já sejam de modelos elétricos, sendo a outra metade de modelos híbridos. Isto é uma mudança muito significativa que já está em curso no mercado global.

Para 2021 prevemos, por isso, a continuidade do crescimento acelerado da mobilidade elétrica, nomeadamente com a introdução de um número significativo de novos modelos. E o processo já evidente de eletrificação das frotas ligeiras passará a conhecer uma evolução similar na logística (sobretudo last mile) e nos transportes públicos.

A rede de carregamento continuará também a registar, mês após mês, um número elevado de novos postos, adequando assim a oferta às crescentes necessidades do mercado.

Para que este processo continue de forma harmoniosa, o tempo de implementação dos pontos de carregamento deve melhorar. O desafio colocado pela União Europeia, através do Green Deal, prevê atingirmos 30 milhões de veículos elétricos na Europa e uma rede de suporte que deverá rondar os 3 milhões de pontos de carregamento. Para que isso seja uma realidade, temos de criar condições para que o tempo de implementação de um ponto de carregamento se reduza substancialmente. Isso obriga ao envolvimento de várias entidades, não só da rede de distribuição de eletricidade mas também das câmaras municipais e entidades responsáveis pelos licenciamentos.

Adicionalmente, sendo este um negócio ainda na fase inicial de desenvolvimento, torna-se urgente a definição de um enquadramento regulatório claro, de modo que todos os operadores joguem com as mesmas regras. Hoje é notório que existem situações que não estão enquadradas no atual regulamento da mobilidade elétrica. Pontos de carregamento de acesso público fora da rede Mobi.E e serviços de carregamento cobrados em áreas privadas igualmente fora da rede Mobi.E são exemplos claros dessa necessidade de enquadramento regulatório.

 

Quantos pontos de carregamento possui atualmente a Galp em Portugal?

Atualmente, a Galp tem 73 pontos de carregamento rápido (carregadores) – incluindo o primeiro ponto de carregamento ultrarrápido do mercado – e 472 pontos de carregamento normal (tomadas) em operação na rede pública de carregamento, através dos dois operadores do universo Galp: Galpgeste e Galp Power.

Considerando que a maior parte dos PCR Galp permitem o carregamento simultâneo de duas viaturas, a nossa rede de carregamento tem, atualmente, a capacidade de carregar 594 veículos elétricos em simultâneo.

 

A Galp continua a ser vista por uma grande parte da opinião pública como uma empresa ligada às energias fósseis, quando na realidade está a fazer uma grande mudança que a levou a ser o maior operador nacional de carregamentos rápidos para carros elétricos. Qual é a meta da Galp em quantidade de pontos de carregamento para este ano?

A rede GalpElectric abrange, atualmente, um total de mais de 800 pontos de carregamento, se incluirmos igualmente os pontos de carregamento em processo de implementação. Em 2021, continuaremos a investir no desenvolvimento da rede de carregamentos elétricos, superando os 1.000 pontos de carregamento em operação, entre rápidos e normais.

A inauguração do primeiro ponto de carregamento ultrarrápido, em dezembro, marcou também o início de uma rede de pontos de carregamento ultrarrápidos que vai contribuir para um corredor de elevada potência de norte a sul do país.

Estes postos de carregamento ultrarrápidos vão ser instalados por todo o país com o objetivo de aumentar a capilaridade da nossa rede de carregamento. Não deixando de ter uma natural predominância nas zonas com maior número de clientes – faixa litoral, Grande Lisboa e Grande Porto –, as novas localizações vão incluir o Funchal, Elvas, Guarda, Castelo Branco, Celorico da Beira, Montemor e Sines.

Os postos de abastecimento Galp continuarão a ser um eixo de desenvolvimento no que diz respeito ao carregamento rápido e ultrarrápido, tanto nos centros urbanos como nas principais autoestradas. Mas outras localizações como a via pública, centros comerciais, parques de estacionamento, cadeias de retalho ou empresas continuarão a ser também localizações privilegiadas para a instalação de pontos de carregamento dos vários níveis de potência (ultrarrápidos, rápidos e normais). Acreditamos responder, desta forma, às múltiplas necessidades dos clientes em termos de carregamento dos seus veículos ao longo do seu dia a dia. 

 

Quantos clientes têm com o cartão GalpElectric?

A GalpElectric está presente no setor da mobilidade elétrica desde o primeiro dia, tendo sido um dos primeiros comercializadores de energia para a mobilidade elétrica (CEME) a disponibilizar aos consumidores uma solução para carregamento de viaturas na rede de carregadores instalada em Portugal.

Desde o final de 2018, altura em que abriu o mercado, e até ao dia de hoje os números de viaturas elétricas do parque automóvel português como o número de pontos de carregamento instalados registaram uma evolução, pode-se dizer, exponencial.

Esta evolução permite à Galp contar com uma base de clientes ativa a rondar os 16.600 cartões. De todos estes clientes, o peso do setor empresarial ascende aos quase 60%, sendo os restantes 40% afetos a clientes particulares.

 

Quais os benefícios deste cartão para o utilizador doméstico e para o empresarial?

O GalpElectric foi uma oferta integrada criada em 2018 e que representou mais um patamar no pioneirismo que a Galp tem assumido no desenvolvimento de soluções que acompanham as tendências do mercado e que endereçam, em permanência, as necessidades dos consumidores.

Na prática, é um plano integrado para casa e estrada, que foi desenvolvido no âmbito da estratégia da Galp para a mobilidade elétrica, com a chancela "GalpElectric", e que complementa a vasta oferta que disponibilizamos no mercado, permitindo desenhar soluções cada vez mais adaptadas ao perfil específico e à jornada de cada cliente.

O cartão GalpElectric é um produto único no mercado uma vez que permite oferecer aos clientes energia para a mobilidade em todas as suas formas. Num momento em que a conversão do parque automóvel português é uma realidade incontornável, com empresas e particulares a optarem cada vez mais por veículos com motorizações eletrificadas, concentrar numa única solução vantagens nos carregamentos de energia elétrica produzida a partir de fontes 100% renováveis e/ou combustíveis com o selo de qualidade Galp permite entregar aos clientes uma melhor experiência e acesso a um produto ímpar no setor.

Apesar de ser ainda um mercado relativamente recente, a penetração de viaturas eletrificadas é cada vez maior e a crescente exigência e expectativa dos clientes desafia diariamente a criação de novos produtos e soluções ligadas à mobilidade. É nesse sentido que, ainda no decurso do ano de 2021, a Galp trará novidades para o mercado, seja através de uma experiência mais digital, seguindo aquilo que são as tendências, ou por incorporação de soluções tecnológicas que vêm colmatar as necessidades dos clientes empresariais e particulares nos diversos momentos de consumo.

Em casa, na estrada e na empresa, a Galp apresenta soluções a pensar nas novas formas de mobilidade, adaptadas às necessidades de cada cliente.

 

 

Que impacto tem a mobilidade elétrica nas decisões estratégicas da Galp na ampliação da rede de abastecimento, atendendo a que a mobilidade é uma realidade com uma tendência de crescimento notável apesar de a maioria do parque automóvel que circula em Portugal utilizar motor de combustão? Ao mesmo tempo, sem a existência de uma maior rede de postos de carregamento elétricos os consumidores hesitam em mudar para uma solução de mobilidade elétrica. É um equilíbrio difícil de alcançar?

 

Não temos dúvidas de que, para garantir uma maior confiança dos clientes na mobilidade elétrica, é essencial uma elevada capilaridade da rede de carregamento. Assim, de modo a responder aos desafios do mercado, temos realizado um investimento bastante significativo na rede GalpElectric e, no que diz respeito aos próximos anos, pretendemos continuar a acelerar o desenvolvimento desta rede, nos diversos níveis de potência e localizações.

Ao nível das decisões estratégicas, a definição e ampliação da rede é atualmente realizada de forma centralizada de modo a beneficiar das sinergias existentes entre as diversas formas de mobilidade mas também com os vários negócios Galp e, ao mesmo tempo, garantir que se vai transformando de acordo com as tendências do mercado. No fundo, o objetivo é bastante claro e em nada diferente do que levou a Galp a assumir-se como o player de referência no setor dos combustíveis: fornecer a energia na forma e localizações que os nossos clientes necessitam para assegurar as suas deslocações.

 

 

Que inovações está a introduzir a Galp na área da mobilidade elétrica?

A liderança da Galp na área da mobilidade elétrica tem estado assente na capacidade de rasgar horizontes e assumir sem receio o pioneirismo e a inovação que caracterizam a empresa. Foi por isso que inaugurámos em 2010, na estação de serviço de Oeiras, na A5, o primeiro ponto de carregamento rápido do país. Esta é uma história que já dura há mais de 10 anos.

Depois, ao longo deste percurso, fomos também fomentando e criando parcerias para o desenvolvimento da nossa oferta, assumindo com esses parceiros uma aposta contínua em inovação.

Nos Açores, estamos a liderar um projeto pioneiro para testar a tecnologia Vehicle-to-Grid (V2G), que permite aos veículos elétricos injetarem energia na rede elétrica. Desenvolvido em parceria com a Nissan, Eletricidade dos Açores (EDA), Nuvve, Magnum Cap, DGEG, ERSE e o Governo Regional dos Açores, este piloto em curso na ilha de São Miguel é o primeiro a ocorrer em Portugal com uma escala europeia.

No verão, fizemos também uma parceria com a Addvolt, para testar um conceito pioneiro de powerbank para veículos elétricos, que permite carregar bateria numa lógica on demand. Os primeiros testes ocorreram no Algarve e em Cascais, com o objetivo de avaliar a capacidade técnica do projeto e a adesão dos potenciais clientes a uma tecnologia que pode ser complementar à rede "tradicional" de carregamentos.

Mais recentemente, em março deste ano, anunciámos uma parceria com a Habitat Invest para serviços de mobilidade elétrica em edifícios. Sabendo que o futuro passa por preparar os edifícios para a mobilidade elétrica logo de raiz – premissa aplicável tanto no segmento residencial como empresarial –, estamos a avançar com soluções de mobilidade elétrica e de fornecimento de energia verde em condições competitivas para edifício. Os primeiros projetos arrancam já este ano, num total de 250 parqueamentos preparados para carregamento de veículos elétricos em três empreendimentos da Habitat Invest em Lisboa.

É este histórico de investimentos, parcerias e pioneirismo na área da mobilidade elétrica que tem permitido à Galp assumir uma posição de liderança neste mercado, criando o tipo de soluções que permitem estabelecer o equilíbrio necessário entre a procura e a oferta.

 

Que passos estão a ser dados pela Galp para acelerar a transição de um negócio assente em combustíveis fósseis para uma oferta assente em energias sustentáveis?

 

A Galp estabeleceu há muito o objetivo de ter um papel ativo na mudança de paradigma energético. Temos já um caminho sólido na prossecução desse propósito, nomeadamente através da antecipação de novas tendências e da adaptação do portefólio às necessidades futuras, criando, sempre que possível, sinergias com a atividade presente no mercado ibérico e promovendo a progressiva redução da intensidade carbónica das suas atividades.


Já assumimos publicamente os compromissos de descarbonização e estamos a corporizá-los através da integração da transição energética em todos os seus segmentos de negócio. Este é um movimento que permite alinhar o portefólio com a visão de neutralidade carbónica na Europa até 2050 e que levou já a empresa a assumir o objetivo de reduzir a intensidade das suas atividades em pelo menos 15% até 2030 (tendo 2017 como ano de referência). 

Mas no curto prazo estes compromissos já tiveram passos muito robustos na materialização das ambições da Galp na área das energias renováveis. A conclusão, em 2020, do acordo para a aquisição de um portefólio de energia solar em Espanha é um grande exemplo: a Galp passou a ser o principal operador solar na Península Ibérica detendo cerca de 1 GW em produção e um conjunto de projetos de elevada qualidade em desenvolvimento, perfazendo cerca de 3,7 GW no total. Será um dos pilares do nosso caminho na transição energética.

A diversificação do portefólio da empresa tem sido também evidente, à luz destes compromissos. Eis alguns exemplos recentes que materializam a resposta da Galp aos desafios do presente e que posicionam a empresa como líder da transição energética rumo a um mundo mais sustentável:

  • O investimento que nos transformou no maior produtor de energia solar da Península Ibérica;
  • A disponibilização aos nossos clientes de planos de eletricidade 100% verde;
  • A aposta na startup Flow para se constituir como um sistema operativo global para a mobilidade elétrica;
  • A criação de uma empresa – a EI, Energia Independente – para a venda de painéis solares que fomentem o autoconsumo de energia solar;
  • E o estudo de soluções para posicionar a Galp nas cadeias de valor do hidrogénio verde ou para a cadeia de valor das baterias elétricas.

Em 2021, daremos sequência a esta estratégia definida no âmbito da transição energética e que tem nas energias renováveis um dos seus pilares fundamentais.

O arranque da construção, em abril, do primeiro grande projeto de energia solar fotovoltaica da Galp em Portugal, no concelho de Alcoutim, é outro passo muito claro do empenho da Galp na concretização dos compromissos com a transformação do setor energético do país para um modelo mais sustentável.

O projeto, com uma potência total instalada prevista de 144 megawatts, compreende quatro centrais fotovoltaicas que se estendem por uma área de 250 hectares. A capacidade de produção anual estimada é de 250 mil megawatt/hora de energia elétrica, o suficiente para abastecer mais de 80 mil famílias e evitar a emissão de 75 mil toneladas de CO2 por ano.

2010
Primeiro ponto de carregamento rápido da Europa na área de serviço de Oeiras, na A5, assegurando a ligação entre Lisboa e Cascais. Seguiram-se Pombal e Aveiras, na A1, o que permitiu ligar Lisboa e Porto em ambos os sentidos.

Participação ativa no projeto nacional da Mobi.E, com a instalação de pontos de carregamento rápido em 20 estações de serviço.
2016
Introdução de pontos de carregamento na autoestrada Lisboa-Algarve, permitindo a ligação do país de norte a sul. 
2018
Com um terço da rede pública de carregamento rápido, a Galp assume um papel de liderança nesta nova oferta.

Lançamento da campanha "à velocidade da luz" dá a conhecer o conceito GalpElectric.

2020
Conquista de três lotes no concurso público internacional desenvolvido pela Mobi.E para a concessão dos pontos de carregamento normais instalados na via pública, passando a operar 400 destes pontos.

Lançamento do plano "Casa e mobilidade", uma oferta integrada de energia para casa e veículos elétricos.

Teste de conceito inovador, que permite o carregamento de veículos elétricos através de um equipamento portátil, o EV charging.

Inauguração do primeiro ponto de carregamento ultrarrápido na rede pública, em parceria com o município de Oeiras.
2021
A rede GalpElectric ultrapassará os 1.000 pontos de carregamento, reforçando a liderança no setor.

O plano de expansão vai incluir os pontos de carregamento ultrarrápido nos eixos Porto-Lisboa e Lisboa-Algarve.

Reforço de presença em parques de estacionamento, via pública, empresas e condomínios.
Soluções Galp para a gestão de frotas A Galp assumiu desde o início que quer ser líder na oferta de soluções para a gestão de frotas elétricas, sejam elas empresariais ou municipais, por exemplo. E a Flow é mais uma peça nessa estratégia.

Há um compromisso muito claro com o futuro da mobilidade e a vontade de ser também líderes pelo exemplo, desafiando empresas e cidades a abraçarem, com a Flow, os paradigmas do Software as a Service (SaaS) e da Mobility as a Service (MaaS). Com a sustentabilidade, a flexibilidade e a facilidade de acesso como princípios fundamentais para revolucionar a mobilidade urbana.

Este projeto é um exemplo claro da forma como a Galp está a posicionar-se para construir novos modelos de negócio, seja em parceria ou incorporando estruturas ágeis e equipas independentes, com as ferramentas, a visão e a capacidade para crescer de forma muito rápida e sustentável.

As prioridades para as novas atividades e novos modelos de negócio estão muito bem definidas: manter uma visão ampla e com diversidade tecnológica; ter um claro foco na geração renovável; reforçar o poder dos consumidores; e liderar nas novas formas de mobilidade. A Flow é uma peça-chave nesse caminho.
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